quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres

Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres
A notícia saiu hoje, vão criar um sistema nacional para não dependermos da voluntariedade e engenhosidade de pessoas como o prefeito de Areal, responsável pela decisão de mandar um carro de som pedir a seu povo que procurasse lugares seguros pois o rio iria subir rapidamente e possivelmente destruir muita coisa.
Dizem que o sistema estará pronto em 2015, pode?
Para começar já existe no Brasil muito equipamento, computadores, softwares, gente especializada. O que falta?
Nosso pessoal de “Defesa Civil” precisa ser escolhido criteriosamente, ter recursos operacionais, não é necessário arranjar fortunas e descobrir um jeito de se evitar a corrupção, o empreguismo de gente inútil, o nepotismo, a criação onerosa para o contribuinte de cargos para afilhados.
Bem vindo o Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres.
Possivelmente o INPE e os sistemas estaduais de meteorologia e climatologia ainda usem pombos correios para alertar o povo. Talvez a partir daí tenhamos a descoberta da internet, dos softwares das empresas de energia e aviação, as Forças Armadas sejam induzidas a ver que a missão delas é defender nosso povo, inclusive da Natureza (e tem feito isso, quando autorizadas), que todos entendamos a importância de educar, orientar, cobrar soluções a favor da nossa gente.
Passamos anos e anos focando questões fora do nosso alcance. Se o CO2 é o vilão, não será o Brasil que corrigirá o desperdício de combustíveis fósseis. O clima está mudando rapidamente? Vamos aprender a enfrentá-lo, pelo menos ainda não temos vulcões em atividade, terremotos violentos, furacões, desertos, endemias impossíveis de serem enfrentadas etc.
Nossa maior praga é a violência (no trânsito, das drogas, o crime organizado em todos os sentidos e formas).
Colhemos o resultado da omissão e isso significa corrigir o que for possível inteligentemente, rapidamente. Se existem ocupações em lugares de risco, vamos transferir essas pessoas para locais seguros. Conversando com meu irmão ele me chamou a atenção para a solução adotada pela Coreia do Sul para a questão habitacional, a construção de prédios de apartamentos padrão, distribuídos pelo país, sem concentração excessiva, respeitando o meio ambiente. Aqui vemos aterros em áreas de fundo de vale para projetos habitacionais, ou a aceitação como fato consumado (e boas indenizações aos antigos proprietários) para que fiquem onde estão, em casinhas e ruas eventualmente mal projetadas, precárias.
A resistência egoísta, avarenta de empresas concessionárias é um espanto. Vimos a polêmica em torno da fibra ótica e da Telebrás. As infovias são extremamente importantes para tudo, inclusive o Ensino a Distância, sistemas dedicados ao monitoramento do trânsito, integração de hospitais e laboratórios... e a Defesa Civil. Podem ser bem usadas. Ficamos assustados, entretanto, quando programas anunciados a tempos ainda funcionam precariamente .
Vamos para mais um sistema de alerta e prevenção de desastres ou mais um cabide de empregos, eis a questão, como diria um Shakespeare atual.
Maravilhosamente continuamos a ter imprensa livre, ainda que eventualmente a serviço de algum grupo político ou econômico, e temos a internet, portais, blogs, youtube, twitter, computadores pessoais e muito mais adiante.
Agora podemos e devemos criar um Sistema Nacional de Alertas à Incompetência e Desonestidade.
Vamos ver se o Governo acorda e reduz esse prazo de 2015 para 2011. Quantas vidas perderemos esperando os senhores ministros se entenderem?
Cascaes
17.1.2011

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