domingo, 14 de novembro de 2010

O ensino, a tecnologia e o EAD

O Brasil precisa de profissionais, muitos e com urgência. Nosso país é gigantesco, viabilizar a universalização do ensino de que jeito?
Se existe algo que favorece o desenvolvimento sustentável, a PcD, o idoso, pessoas que trabalham, mobilidade, acessibilidade a pessoas mais humildes, universalização da formação profissional etc. é o Ensino a Distância – EAD, principalmente se oferecido sem complicações inúteis, tais como as salas virtuais, prazos e restrições mequianas. Afinal para que existe o mercado de trabalho, a avaliação de clientes e empregadores? Existe algo mais eficaz do que o bom serviço para qualificar um profissional?
Do terceiro grau em diante ou mesmo a partir do primeiro grau, dependendo da idade e educação do estudante, a sala de aula com presença obrigatória do estudante é absolutamente desnecessária.
Chegamos a um patamar tecnológico em que os estudantes poderiam comprar cursos em bancas de jornais e, simplificadamente, depender de tutores via internet e provas similares a jogos digitais, feitas à distância. A desmoralização do ENEM demonstra a que serve a radicalização burocrática e a exigência de exames convencionais.
Aulas práticas aconteceriam em ambientes virtuais ou, quando necessárias, em locais de excelência, realmente bem preparados e não simulacros de laboratórios.
Para o aluno com deficiência(s) poder estudar sem humilhações e deslocamentos inúteis e repetindo quantas vezes necessitasse temas e aulas mais complexas o EAD é algo fantástico.
Com o Ensino a Distância as cidades ganhariam espaços, atualmente saturados, em parte graças ao trânsito de veículos em determinadas horas indo e vindo de escolas, algumas com centenas de salas iluminadas, perdulárias e poluentes. Essas salas poderiam se transformar em ambientes de consulta e debates acadêmicos e profissionais.
É até interessante observar o que chamamos de universidades, atualmente, nelas as áreas de estacionamento, dentro e fora, estão ocupando mais espaços que os alunos que, apesar de freqüentarem aulas presenciais, mal se conhecem...
Precisamos de pólos de formação de cursos (gravação), pesquisa e desenvolvimento de material de estudos, treinamento de tutores e de modernização do ensino sem os tenebrosos corporativismos que sentimos em nosso dia a dia.
Aliás, seria tremendamente oportuno se sindicalistas e políticos se lembrassem quais eram os maiores sindicatos de São Paulo, por exemplo, no início do século passado.
Recordando, mais uma vez, as excelentes palestras da 67ª. SOEAA (Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia) e na seqüência, o 7ª. CNP (Congresso Nacional dos Profissionais), em Cuiabá de 22 a 28 de agosto de 2010, destacamos afirmações de um executivo da Brainstorming Assessoria, Dr. Raul José dos Santos Grumbach: “O mundo está com transformações cada vez mais rápidas e que aqueles que gerenciam seus negócios têm que estar atentos. Porque senão vislumbrarem essas mudanças, eles serão surpreendidos”.
E qual é o negócio de quem quer aprender? Estudar. De que jeito se tiver barreiras nem sempre superáveis de tempo, mobilidade, acessibilidade e (ou) disponibilidade financeira?
O EAD é infinitamente mais barato do que o ensino convencional e mais eficaz a partir do momento em que o jovem ou adulto sentir que ele é responsável pelo seu futuro, e não o MEC (que deve ajudar e não atrapalhar), os pais ou os professores.
O desafio de nosso povo é descobrir a importância do EAD e induzir nossos governos a investirem em internet, sistemas de banda larga e centros de produção de material didático e pedagógico com plena acessibilidade e máxima qualidade.
Os jovens precisam compreender que, se existe um pequeno espaço para heróis do esporte, no Brasil temos um ambiente de oportunidades infinito para quem quiser trabalhar, para isso, contudo, devem estudar, estar preparados para o século 21.
Maravilhosamente o terceiro milênio já começa com soluções incríveis e um tremendo potencial de desenvolvimento...

Cascaes
14.11.2010

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