sexta-feira, 16 de julho de 2010

ODM e o Paraná e Brasil

O Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento dos Objetivos do Milênio tem algo extremamente importante: indicadores. Sem números, dados e fatos, não existe planejamento, principalmente indicadores, valores que possam ser comparados. É uma gracinha ouvirmos que devemos melhorar, estamos melhorando ou piorando, quanto? Quando? Onde? Como? Tendo-se referências, estatísticas e cálculos de probabilidade, é possível agir com segurança razoável, desde que os números sejam confiáveis.

As MDM - Metas de Desenvolvimento do Milênio – da Wikipédia: “surgem da Declaração do Milênio das Nações Unidas, adotada pelos 191 estados membros no dia 8 de setembro de 2000. ...

Concretas e mensuráveis, as 8 Metas – com seus 8 objetivos e 48 indicadores – podem ser acompanhadas por todos em cada país; os avanços podem ser comparados e avaliados em escalas nacional, regional e global; e os resultados podem ser cobrados pelos povos de seus representantes, sendo que ambos devem colaborar para alcançar os compromissos assumidos em 2000. Também servem de exemplo e alavanca para a elaboração de formas complementares, mais amplas e até sistêmicas, para a busca de soluções adaptadas às condições e potencialidades de cada sociedade.(Wikipedia)

Ou seja, como vimos em relação ao Paraná, graças ao esforço do presidente da FIEP, Dr. Rodrigo da Costa Rocha Loures (vejam portal da FIEP), temos registros e valores que mostram nosso atraso ou avanço em relação a questões reais, que afetam profundamente nosso povo.

Em campanha eleitoral, mais ainda quando grandes interesses econômicos movem o discurso dos candidatos, somos eventualmente induzidos a aceitar propostas que não seriam prioritárias, freqüentemente esquecendo a dimensão do Brasil, de nossa terra. Os ODM (ou MDM) podem ser desdobrados para nossos estados, cidades, bairros. Além de estabelecer metas que precisam ser negociadas, metas impossíveis são inúteis, elas balizam intenções de quem é realmente preocupado com o futuro do nosso povo.

Desde que a FIEP lançou o Programa Nós Podemos Paraná, baseado nos ODM, aprendemos detalhes importantes de nosso estado, descobrimos sucessos e fracassos que precisam ser considerados, ganhamos metas concretas e visíveis de avaliação de governos e sinalização aos próximos do que é necessário melhorar.

Obviamente muita coisa transcende a vontade dos governantes locais, da população afetada e suas lideranças. Ninguém se sente feliz vendo-se mal classificado. O importante é saber a direção, ver o caminho, querer melhorar.

A ONU evolui, se não pode acabar com as guerras e outras sandices humanas, pode, ao menos, reunir seus intelectuais e doutores e explorar seus contatos para mostrar à Humanidade onde e como está atrasada, e isso está fazendo muito bem, graças a esse programa criado em hora inspirada e estabelecido em reunião com chefes de estado em 8 de Setembro de 2000 nas Nações Unidas (189), que assinaram a Declaração do Milênio para que fossem implementados oito grandes objetivos mundiais até 2015:



“(…)

• Erradicar a pobreza e a fome

• Alcançar a educação primária universal

• Promover a igualdade entre os gêneros e a autonomia da mulher

• Reduzir a mortalidade infantil

• Melhorar a saúde materna

• Combater o HIV, a malária e outras doenças

• Assegurar a sustentabilidade ambiental

• Desenvolver uma parceria global para o Desenvolvimento

(…)”

As diretrizes se transformaram em números ajustados a cada país, dando-nos uma excelente orientação.

Nosso desafio, em tempos de eleição, é cobrar dos candidatos e partidos propostas reais para que continuemos nesse caminho. Nosso medo é que antes da ONU e os ODM, deixemono-nos empolgar pela FIFA e COI, gastando mais energia em cima de propostas secundárias, esquecendo algo sublime, importante e essencial à dignidade de nosso povo, a necessidade de viver e de se viabilizar o futuro do Brasil em termos reais, práticos e inegociáveis. Que venham as fantasias depois disso.



Cascaes

8.7.2010

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