sexta-feira, 16 de julho de 2010

Banda larga urgente

A Youtube amplia sua capacidade de “guardar” filmes de maior definição, ou seja, os sistemas padrão Google continuam progredindo, possibilitando usos diversos, inclusive didáticos, de lazer, culturais etc. com maior qualidade e eficácia.

Os países mais desenvolvidos e seus empreendedores sabem o que é importante, o que fazer. Viabilizar infraestrutura de comunicação de última geração é um handicap poderoso à indústria, à educação, à cultura, segurança, saúde, lazer, à pesquisa e ao desenvolvimento, ou seja, ao mundo século 21.

Enquanto apanhamos no futebol e nossas autoridades acham natural gastar montanhas de dinheiro para receber os gringos durante uma semana ou, quem sabe, algum tempo mais (principalmente se o tempo ajudar), atrasamos investimentos essenciais.

O Seminário Nacional “Investimento Público: análise e perspectiva” em 9 de julho de 2010, em Curitiba, promoção do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), da Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge) e do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR) foi uma oportunidade excelente de ouvir as opiniões de grandes especialistas e seus dados e gráficos (vide parte em http://economia-engenharia-e-brasil.blogspot.com ).

As infovias são tão importantes que os EUA, em tempos de Bil Clinton (1993 a 2001), tinham um vice-presidente, Al Gore, que fazia delas seu discurso de rotina. No Brasil, análises recentes (IDEC entre eles) mostram nossos atraso e custos elevados em relação ao resto do mundo, por quê?

Os sistemas de telecomunicações foram privatizados. Erraram feio na avaliação de ativos, o prejuízo teria sido gigantesco se a proteção federal e legal criada para essa transferência não tivesse garantido tarifas absurdas e qualidade ruim.

Precisamos educar, ensinar, viabilizar todo tipo de ensino a distância, principalmente o ensino profissionalizante. Temos milhões de brasileiros com dificuldades de mobilidade e outros mais precisando de computadores para entender o que os professores falam. Tudo isso é mal utilizado porque, naturalmente, as empresas privadas de telefonia e de comunicação a cabo (fibras óticas) precisam ser remuneradas, ganhar bem, muito dinheiro como sói acontecer no Brasil com as concessionárias.

Felizmente o Paraná tem a Copel e nela o projeto Banda Extra Larga, o BEL, que poderá mudar de denominação por razões políticas e de marketing, mas que viabiliza um avanço rapidíssimo do nosso povo. A empresa talvez enfrente problemas com as agências reguladoras, afinal elas existem para garantir, acima de tudo, os investidores e consumidores em cenários restritos. A lógica das estatais foi banida nos tempos neoliberais. Temos, contudo, deputados e senadores dos quais esperamos apoio enérgico, firme, se necessário propondo mudanças na legislação federal para que a COPEL possa usar melhor seus cabos de fibra ótica, equipes de desenvolvimento, pessoal de telecomunicações etc.

Vendo as dificuldades monumentais das pessoas com deficiência visual, auditiva, mental e/ou motora em cidades sem calçadas e trânsito civilizado entendemos o medo dessas pessoas em freqüentar escolas convencionais, se não tiverem carros e motoristas à disposição. A mobilidade pode ser compensada com a melhor conectividade a escolas que ofereçam ensino a distância, EAD.

Temos um déficit enorme de profissionais, precisamos criar cursos rápidos de formação e apoio ao Brasil que parece acordar, voltar a crescer.

O EAD é uma ferramenta utilíssima, mais ainda se criarmos uma biblioteca de livros digitais que, sendo assim, poderão conter filmes educativos e recursos especiais, mas dependem de sistemas de comunicação de última geração.

Indústrias, universidades, empresas em geral, se bem administradas, saberão aproveitar os sistemas modernos de transmissão de dados, sons e imagens reduzindo custos. Essas facilidades devem acontecer onde estiverem, onde seus funcionários precisarem, como o teletrabalho precisar acontecer.

Assim dizemos com orgulho que no Paraná, graças à COPEL e ao que ela já preparou nesses últimos anos, temos solução e dentro de pouco tempo o estado poderá usufruir das benesses de novas tecnologias. O fundamental é a empresa contar com o apoio entusiástico do Governador e dos nossos deputados e senadores, desafiados a viabilizar o que for necessário a esse belíssimo projeto.

Aliás, a COPEL é uma tremenda empresa à disposição do Governador e dos paranaenses em geral, que poderão demoli-la ou reforçá-la, tudo dependendo da seriedade, competência, capacidade de discernimento e opções inteligentes.



Cascaes

13.7.2010

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