Prioridades e Brasil
Qualquer cidadão, família, tribo, nação e a própria humanidade precisam desenvolver a capacidade de decidir com base em análise de prioridades. Seja quanto rico for, é extremamente importante saber que tudo o que fizer terá consequências e de que os recursos materiais, naturais, a saúde física, financeira e mental, tudo será o resultado de uma coleção de atitudes e decisões que tomará e assumirá ao longo dos tempos.
Do óbvio pessoal para o político precisamos registrar certas considerações que nos parecem pertinentes.
O noticiário cotidianamente trata dos países que, um a um, vão caindo em desgraça financeira, não conseguem pagar suas contas. Há alguns anos, muitos deles após estudos e recomendações positivas de consultorias famosas, gastaram demais. Esses trabalhos de incentivo a investimentos faustosos não calcularam ou não informaram seus contratantes dos riscos, da probabilidade de erros de cenário, algo parecido com o que vivemos na década de setenta no Brasil.
É bonito e dá mídia interna e externa sediar campeonatos internacionais, por exemplo. Assim alguns faturam alto e mais tarde a conta aparece na forma de impostos ou desespero, desemprego, desmonte de aposentadorias, serviços essenciais etc. e mudança de prioridades decididas por aqueles que emprestam dinheiro.
Infelizmente a Humanidade deve estar percebendo que não pode mais confiar em delegação, em políticos dispostos a qualquer coisa para vencer as eleições seguintes ou simplesmente garantir o futuro familiar e de seus companheiros e companheiras.
De alguma forma precisamos “enfiar” na cabeça do eleitor que ele escolhe, vota, decide. Mais ainda, graças aos meios de comunicação e processamento de dados temos uma avenida em direção à Democracia Direta, sem a necessidade de intermediários.
Podemos implementar processos de Democracia Direta [(Cascaes, Democracia Direta sem intermediários) (Cascaes, Democracia Direta sem intermediários - o povo no Poder Legislativo)]. Chegamos ao ponto de eleger todo mundo via “urna eletrônica” e internet. Acreditamos, contudo, na validade da representação, da delegação? Tem competência a maioria dos eleitos? No Congresso, nas Assembleias e Câmaras de Vereadores vale o voto da maioria, ajustada de que maneira?
Os suecos criaram o DEMOEX não sem razão [(Cascaes, Demoex) (Information about Demoex)]. Notem, não estamos apontando um país de terceiro mundo.
Somos atores de um grande plano de sobrevivência e vítimas de decisões da Corte, ela escolhe com critérios saudáveis às prioridades reais?
No Brasil estamos sofrendo com endemias cada vez piores e sob o risco de epidemias alarmantes (afinal nos aeroportos todo mundo se embaralha para passar pelos guichês da Polícia Federal), podendo-se, de repente, descobrir superbactérias em qualquer esquina, mosquito e até no relacionamento afetivo.
A violência está aí, resultado talvez da convivência de guerrilheiros com bandidos, a origem das facções vermelhas, azuis, amarelas e por aí afora. Nossa Constituição Federal, construída talvez no amor e paixão pelos bandidos, é extremamente zelosa com os criminosos e despreza o povo, que afinal esnobou a vontade de salvar o mundo dos nossos jovens e velhos políticos encarcerados durante o período militar.
A infraestrutura, coisa de engenheiro, não merece a devida atenção dos eleitos (Cascaes, Engenharia - Economia - Educação e Brasil). Para quê estradas de boa qualidade? Portos se os poderosos usam helicópteros? Produzir e exportar? Custo Brasil?
Vamos debater essas questões, importantes demais para deixarmos nas mãos dos cortesãos em Brasília (nossa Versalhes modernosa) e até em nossa cidades, em ambientes fechados em que, quando muito, alguns falam e ouvem em comissões formadas pelos chefes.
Aliás, vale a pena ver o filme (O Absolutismo - A Ascensão de Luís XIV), talvez entendamos melhor a opção por Brasília.
Felizmente, graças ao trabalho heroico de empresários e trabalhadores rurais, principalmente, e o apoio fantástico da (EMBRAPA), uma empresa que nos enche de orgulho, o Brasil conquistou mercados, exporta e sustenta o luxo de inúmeras corporações. Nossos empresários urbanos têm sobrevivido por milagre. Isso não é suficiente, contudo.
Estamos gastando demais com coisas inúteis ou de pouco retorno. Assim, nada mais justo, por exemplo, do que aumentar impostos sobre despesas de brasileiros no exterior.
Taxas sobre importações já foram a grande fonte de receita do Governo Federal, algo que quase desapareceu sob a utopia do livre comércio internacional, que simplesmente não existe. Precisamos rever condições comerciais, leis absurdas e burocracias incríveis.
As grandes potências econômicas de forma explícita e implícita criam impostos, dificuldades técnicas, limitações e até campanhas contra os países que pretendem entrar no agora clubinho decadente do G7.
Receitas e despesas são contas que devemos aprender a levar em conta, da família à nação.
O Brasil pode e deverá ser uma grande potência, só não pode desperdiçar recursos nem esquecer suas verdadeiras prioridades, que o povo precisa discutir exaustivamente e decidir de fato e de efeito, sem intermediários.
Cascaes
27.3.2011
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 11 de 2 de 2011, disponível em Engenharia - Economia - Educação e Brasil: http://economia-engenharia-e-brasil.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Democracia Direta sem intermediários. Acesso em 10 de 3 de 2011, disponível em a favor da Democracia no Brasil: http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com/2011/03/democracia-direta-sem-intermediarios.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Democracia Direta sem intermediários - o povo no Poder Legislativo. Acesso em 10 de 3 de 2011, disponível em Mirante da Cidadania: http://mirantepelacidadania.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Demoex. Acesso em 10 de 3 de 2011, disponível em Quixotando: http://www.joaocarloscascaes.com/2011/03/demoex.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O Absolutismo - A Ascensão de Luís XIV. Fonte: Se você viu comente: http://se-voce-viu-comente.blogspot.com/2010/06/o-absolutismo-ascensao-de-luis-xiv.html
EMBRAPA. (s.d.). Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: http://www.embrapa.br/
Information about Demoex. (s.d.). Acesso em 8 de 3 de 2011, disponível em demoex.net: http://demoex.net/en
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