O Governador Orlando Pessuti mostra a que veio. Sem perder os aspectos positivos da administração de que participou na qualidade de vice-governador, com certeza um observador privilegiado e especialmente bem informado, agora, muda o que o Poder lhe faculta, corrigindo e acelerando ações a favor do Paraná.
Já vimos diferenças em áreas importantes, que carecem, contudo, de tempo para melhor avaliação. Noutras a simples decisão administrativa cria alento e sinaliza caminhos que o estado precisa considerar, sendo justos e necessários.
Pequenas hidrelétricas (PCH), por exemplo (um enorme espaço que o Paraná pode oferecer aos empreendedores e consumidores de energia), são muito mais do que simples negócios se COPEL, ANEEL e ONS souberem operá-las de forma adequada.
A ênfase nesse tripé é importante, sobrepondo-se aos interesses dos empreendedores.
Além da construção dessas unidades geradoras existe a necessidade de se implementar lógicas operacionais otimizadas e padrões de vigilância severos.
A importância do Estado do Paraná permitir a construção e operação de pequenas centrais em “paralelo”, como dizemos em nosso jargão técnico, é oferecer à rede elétrica diversas fontes de energia e de controle de tensão (voltagem), espalhadas pelo Estado, não concentradas, em locais eventualmente distantes das grandes linhas e subestações. Para isso a proteção das redes precisa ser ajustada (mais ou menos difícil dependendo dos critérios adotados) assim como nas usinas, algo simples ou complexo, dependendo do rigor de quem decide.
Note-se que a adoção de padrões rígidos por parte da concessionária pode inviabilizar projetos que, com um pouco de atenção, seriam ótimos. O fundamental é competência técnica e disposição para estudos mais precisos e não, simplesmente, a generalização de critérios inflexíveis.
A concessionária ganha, principalmente na operação em paralelo, melhor controle de tensão, reduz perdas de transmissão e maior confiabilidade se a usina tiver fiscalização competente por parte da ANEEL ou, sob delegação (vai aí uma sugestão), da COPEL, algo fácil de ser negociado, sendo, talvez, até remunerada por isso. O grande perigo das pequenas centrais hidrelétricas (barragens, conexão, qualidade operacional), térmicas (caldeiras, depósitos de combustível, operação e manutenção) e outras é exatamente a ausência de fiscalização e a gerência eventualmente incapaz de cuidar de detalhes alheios à boa Engenharia. A ANEEL pode com a COPEL Geração fazer isso muito bem em benefício e tranqüilidade de todos: empreendedores, usuários e o povo do Paraná.
A notícia deste final de semana é a retomada dos estudos de licenciamento por parte do IAP, ótimo! A luz se fez.
Por quê além das vantagens operacionais isso tem significado?
Investimentos distribuídos, chegando à casa dos bilhões de reais irão se transformar em empregos, tecnologia e desenvolvimento. Todos ganham. Considerando o enorme potencial energético do Paraná criamos aqui, dentro das fronteiras do estado, condições de trabalho para pessoas humildes, engenheiros, empreiteiros e indústrias de grande, médio e pequeno porte. Viabilizamos especializações profissionais. Retemos no Paraná recursos humanos e materiais que fluíam para outros estados.
Parabéns Governador, que suas decisões se transformem em atos reais, objetivos e eficazes. Precisamos de mais postos de trabalho aqui...
Cascaes
7.8.2010
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