Muitas reportagens em diversos jornais apontam falhas no ensino público, com destaque para o primeiro grau. No Paraná os problemas existem e a simples manutenção das escolas apresenta-se atrasada, lenta e pouco eficaz. Com certeza o salário dos professores e professoras está abaixo do razoável e, resumindo, existe um longo caminho até a normalização da Educação num país que até poucas décadas apresentava altas taxas de crescimento populacional.
Os hospitais, Santa Casas, estão com insuficiência de recursos.
Os médicos querem aumento de salários e a ANS impõe novos tratamentos sem deixar claro como serão pagos.
Viajar aos poucos torna-se um pesadelo, ou melhor, de poucos anos para cá tudo ficou saturado.
O Brasil se vangloria de sucessos e procura espaços internacionais, via de regra dificultados, pois estamos no quintal dos EUA.
Pedimos e ganhamos a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a teoria é a de que isso trará riquezas para o Brasil, só falta fazer tudo o que pedem. Alguns vão ganhar muito, e o resto?
Aos poucos parece que a dengue é apenas uma questão de campanha caça mosquitos, o chato é que a doença está ficando pior.
Segurança? Sair de casa dentro de carros com vidros escurecidos e ir direto para dentro de shoppings ou ruas mais policiadas.
Alguma coisa não engrenou no ufanismo explícito de dois ou três anos passados e a realidade do corte orçamentário draconiano para 2011. Será reservar dinheiro para o futuro?
Pode ser, apesar de todas as nossas mazelas o Brasil é um país para bons investimentos, faltando tudo, é só simplificar a tremenda burocracia que nos impuseram e talvez possamos, pensando em projetos em parceria com investidores privados, transformar nosso país num canteiro de obras. O problema é, que obras?
Em planejamento podemos calcular riscos, probabilidades, benefícios prováveis, construir até modelos matemáticos para orientação de quem decide. O Setor Elétrico vive disso, pois simplesmente depende de programas de médio e longo prazo para lançar no mercado estudos, anteprojetos, editais e se preparar para administrar o que vier.
De alguma forma seria saudável se o governo em todos os níveis fosse mais preciso em suas propostas, analisasse melhor e divulgasse critérios, tivesse transparência técnica.
Falamos muito da transparência moral, ótimo, mas a transparência funcional, técnica, operacional?
Em tese talvez sejamos ignorantes, despreparados, incapazes de dialogar com os mestres e peagadês que assessoram nossos ministros, mas só evoluiremos se tivermos acesso à base de dados e às lógicas técnicas que estimulam o governo em todos os seus níveis.
Queremos deixar para nossos descendentes um Brasil melhor do que aquele que encontramos, tão confuso que só no século vinte passou por cinco constituições federais ou mais, dependendo do que entendamos como tal.
Nossas crianças crescerão num mundo global com padrões de comunicação excepcionais. Se entre as dezenas de milhões de brasileiros tivermos algumas centenas de gênios, alguns deles saberão usar as informações para ajudar nosso povo. Insistindo no sigilo, no ato de império dos eleitos, nos caprichos de quem estiver no Poder talvez estejamos preparando o Brasil para outra coleção de constituições e pondo em risco o futuro das nossas crianças.
Cascaes
18.4.2011
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