domingo, 15 de maio de 2011

Brasil 2050

O Brasil, criado a partir da viagem de Pedro Alvares Cabral procurando as Índias, formou-se sob administrações típicas da época e na trincheira da eterna luta entre seres humanos querendo espaços e fortunas. Por bem ou por mal agora existe, é um dos maiores países do mundo, criado em solo tropical e subtropical, portanto muito diferente dos salvados das geleiras de 10 a 20 mil anos passados.
O desafio de fazer algo adequado à nossa realidade é grande, maior e mais perigoso ainda quando importamos paradigmas e soluções convenientes às grandes potências com todos os riscos inerentes a essa mania tupiniquim.
Felizmente o povo brasileiro é relativamente jovem e assim tem condições de construir uma nação ou confederação de nações, tudo dependendo de modelos institucionais que viermos a adotar (afinal de contas mudar a Constituição Federal é uma banalidade nesse Brasil varonil), otimizada em relação ao caldeirão de culturas e ambientes existentes em oito e meio milhões de quilômetros quadrados.
Nosso país pode muito, só não lhe é dado o direito de errar. A violência de nossos credores ao longo da história não pode ser esquecida, assim como a alienação das elites mal educadas e criadas nas facilidades da exploração brutal de seres humanos estimulados a se reproduzirem, fazerem procissões, carnaval, praticarem esportes onde alguma raiva é descarregada etc., tudo para que nada mude na vida dos senhores da terra.
O cenário mundial é um eterno laboratório e o Brasil é parte dele. Daqui, contudo, podemos aprender muito com os acertos e erros dos demais. Esses últimos anos foram tremendamente educativos, para desespero dos lobistas e grupos industriais que investiram muito em soluções agora sob suspeitas diversas.
Não podemos parar. Não precisamos, contudo, sair por aí gastando feito doido. Afinal até o petróleo sob o Pré-Sal poderá vir a ser um desastre. Temos algumas certezas. Erros e vícios colossais da Humanidade foram identificados durante o século vinte, impõe-se, portanto, evitar a repetição do que efetivamente foi ruim.
Podemos listar uma série de pontos ruins; para não ofender leitores vamos aos mais simples e aceitos pela maioria.
Sim, precisamos encontrar um equilíbrio entre nós e os demais seres vivos sobre a Terra assim como descobrir seus limites. Podemos afirmar que o mais sensato, por enquanto, é não desperdiçar, é medir o que fazemos e identificar comportamentos irresponsáveis.
Talvez exista consenso, pelo menos entre os mais desenvolvidos, sobre os Direitos Humanos. Como conciliar o indivíduo com o interesse coletivo? Um bom tema para nossos parlamentares e qualquer cidadão.
Queremos viver num estado controlado em detalhes por leis, decretos, normas, regulamentos, cartórios, carimbos etc. e vigiado e rigoroso contra aqueles que não cumprirem as regras do ser supremo entre nós?
Vamos zelar pela dignidade e criar soluções para os idosos ou simplesmente prepará-los para o outro mundo?
Devemos investir pesadamente em pesquisas que salvem pessoas, que devolvam sentidos perdidos, mobilidade e capacidade de viver integralmente?
Queremos realmente que nossos descendentes tenham um Brasil melhor?
Pensando em Brasil 2050 (Cascaes, 2011) criamos espaço para decisões sensatas e até lá a preparação para um Brasil realmente digno de ser vivido, que nos encha de orgulho e que seja visto não como o país do carnaval e do futebol, mas o melhor lugar para todos viverem.
Quais são as nossas prioridades?

Cascaes
16.4.2011

Cascaes, J. C. (12 de 1 de 2011). Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Brasil 2050: http://brasil-2050.blogspot.com/

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