sábado, 7 de maio de 2011

Problemas e soluções convenientes

Problemas e soluções convenientes
Governo é sempre um poder complexo e suspeito. Cria-se, para maior vigilância, estrutura de ordenamento que, por sua vez, precisa de vigilância permanente pelo povo, por aqueles que são afetados por suas decisões. Não inventaram, ainda, um sistema perfeito, ou melhor, existe, o da transparência total. O responsável pelo Weakleaks está sentindo na pele o que isso significa.
A má qualidade do comando de cidades, estados e nações depende muito da concentração de poderes, da censura. Aos poderosos a verdade é perigosa. Assim a CPMF é odiada, afinal, por menor que seja, mostra o caminho do dinheiro em circuitos “legais”. Podemos até imaginar como sobreviveriam os grandes gângsteres e ditadores se o patrimônio deles, monetário e imobiliário, em obras de arte e joias etc. fosse de conhecimento público, geral, mundial.
É interessante notar que só depois que certos potentados africanos caem é que os bancos “tolerantes” com a origem do dinheiro resolvem aderir à transparência e bloqueiam contas que deveriam ser, de imediato, colocadas num fundo internacional de reconstrução e educação de povos liberados de ditaduras criminosas e não, simplesmente, permanecer nos cofres dessas instituições...
Poderíamos até ter a divulgação dos 100 mais ricos no mundo, nos países e nas cidades, com certeza seriam listas bem diferentes daquela que mostra Bill Gates e companheiros...
Existem também as armações tecnológicas e corporativas.
Cultivar o medo sempre foi privilégio de líderes religiosos, industriais e tiranos, tiranetes, chefes e chefetes, contratadores e coronéis do mato e das cidades. Agora temos outro espaço, o medo do fim do mundo.
O CO2 é ou era até há pouco tempo a histeria da moda. Enquanto falavam de poluição atmosférica, dois asteroides passaram raspando a Terra (em termos astronômicos) em dezembro do ano passado. Teriam mudado continentes, se acertassem em cheio alguns deles.
Para nós, do sul do Brasil, talvez fosse prudente discutir e propor soluções para o “buraco de ozônio”, com certeza algo realmente perigoso. Talvez assim, como aconteceu com a luta contra o uso do tabaco, ainda plantado, consumido e exportado (incrível!) tenhamos uma reversão de problemas reais.
Falando de energia elétrica, contudo, onde podermos aprofundar mais a discussão, o que notamos é a atuação de grupos econômicos poderosíssimos no Brasil há muito tempo. Esses grupos industriais dominam a mídia e falam sem parar nas maravilhas do que produzem. Sempre mostrando virtudes, nunca os defeitos, vão aos poucos convencendo nosso povo de que deve usar fontes e aparelhos mais caros que, usados extensivamente, terão impactos fortes no custo da produção e de consumo da energia elétrica, além do encargo (imposto) já pago por todos nós para viabilizar fontes alternativas.
Para começar minimizaram uma fonte de energia que tínhamos em abundância, alegando até proteção de cemitérios, de plantas, animais etc. que podem ser melhor protegidos em lugares realmente bem cuidados. Populações locais podem ser deslocadas, como até já pensam fazer nos estudos para Blumenau 2050. Podemos, evidentemente, considerar superstições ou estudos de antropólogos algo mais importante do que atender as necessidades da nação; não podemos esquecer, contudo, que consumimos pouca energia, pois grande parte dos brasileiros está longe dos confortos da sociedade moderna mais rica.
Falam em sustentabilidade.
Seria facílimo obter resultados rápidos e tremendamente significativos, inclusive protelando-se a construção de mais usinas para energia elétrica (o que daria tempo para o desenvolvimento e a produção de fontes alternativas realmente eficazes). Nossos urbanistas, arquitetos, engenheiros e até o pessoal da mídia, principalmente, deveria se unir para reformar cidades, hábitos e padrões de consumo. Interessa?
Parece que o povo do dinheiro aprendeu, assim como os fazedores de guerras de todo tipo, que a juventude e o adulto jovem são extremamente úteis, inocentes úteis. Assim o fundamental, para quem decide, é convencê-los de que o mundo carece do que querem, produzem e desejam os grandes chefes. Exemplificando, quantos “velhos bomba” já se explodiram nas lutas religiosas? Onde ficam os generais na hora da batalha? O padrão de vida do Al Gore é coerente com as teses que defende?
É utopia imaginar que a Humanidade optará pela lógica, pela inteligência objetiva. É muito melhor ver tudo através das lentes da fantasia, assim agradamos a todos e morreremos juntos bem antes do tempo.

Cascaes
06.4.2011

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