quarta-feira, 4 de maio de 2011

Deixando de ser PcD

Deixando de ser PcD
Vale a pena descobrir a história dos óculos. Isso que o Houaiss chama de “substantivo masculino plural - dispositivo us. para auxiliar, corrigir ou proteger a visão, que consiste em um par de lentes sustentadas em frente dos olhos por uma armação; lunetas” é uma prótese que viabiliza a vida normal de centenas de milhões de pessoas.
Da Wikipédia temos: “Foram as experiências em óptica de Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon que levaram à invenção dos óculos. Em 1284, as guildas de Veneza já os mencionavam e durante o século XIV o fabrico de óculos popularizou-se por toda a Europa. Nem sempre os óculos foram fabricados com a forma com que são conhecidos hoje em dia, pelo que, na antiguidade, era comum encontrar monóculos (apenas uma lente oftálmica), ou, noutros casos, apenas se usavam lentes sem armação. Em 1785 Benjamin Franklin inventou os primeiros óculos bifocais, com duas lentes a frente de cada olho unidas pela armação. Possibilitando enxergar de longe e de perto em um único acessório...”
Ou seja, quantas pessoas estariam incapacitadas até de caminhar se alguns estudiosos e pesquisadores geniais não tivessem inventado os óculos?
Na Medicina implantes ósseos, cirurgias corretivas etc. devolvem funcionalidade e saúde a pessoas que, de outra forma, estariam condenadas a morrer logo, ganhando ainda uma vida quase normal, assim como inúmeras outras “simplesmente” salvam vidas preciosas (um exemplo fantástico tivemos com nosso falecido e vice presidente José Alencar Gomes da Silva no governo Lula).
A operação para substituição do cristalino é um exemplo clássico de correção que simplesmente devolve a visão a pessoas cegas.
Poderíamos muito mais se encontrássemos competência e determinação de quem decide e poderia ajudar as pessoas com deficiência(s). A falta de atenção é um espanto. Certas categorias profissionais teimam em manter lógicas agressivas, belas e hostis ao ser humano.
O irônico disso tudo, por exemplo, é que ainda não atingimos os urbanistas. As cidades brasileiras, apesar de correções cosméticas, aos poucos inviabilizam a vida dos idosos, das pessoas com deficiência(s), adoentadas, crianças etc. O que vale é a decisão dos preservadores de histórias nem sempre tão importantes, abuso de direitos autorais de arquitetos e engenheiros, caprichos de governantes e poder de algumas concessionárias que “pintam e bordam”, aproveitando a ignorância do povo.
Com certeza podemos avançar muito. No congresso promovido pelo CONFEA [ (67º SOEAA - Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e da Agronomia) (7o CNP - Congresso Nacional de Profissionai)] ouvimos de um palestrante idôneo que o conhecimento humano dobra a cada 72 horas (conhecimento acumulado pela Humanidade) e que em 2025 teremos um computador capaz de processar todo o conhecimento humano e em 2050 esse aparelho custará mil dólares. Futurismo à parte, a verdade é que o conhecimento científico se desenvolve de forma extraordinária, faltando mais a aplicação objetiva dessa cultura técnica em produtos e soluções a favor da Humanidade.
A sensação que dá é que todos os caprichos e taras humanas valem mais do que oferecer ao cidadão comum uma vida digna.
O lado positivo da pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções é o de que chegamos a um nível de conhecimento científico em que podemos acreditar em resultados significativos em curto, médio e longos prazos se existirem determinação, vontade política, técnica e empresarial nesse sentido.
Podemos muito, precisamos acreditar e trabalhar nesse grande sonho da humanidade. Obviamente é também extremamente importante investir em prevenção, em correções de instalações, de cidades e ambientes de trabalho, lazer etc.

Cascaes
31.3.2011


67º SOEAA - Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e da Agronomia. (s.d.). Acesso em 28 de 1 de 28, disponível em Centro de Eventos do Pantanal: http://www.eventospantanal.com.br/eventov.php?id_agenda=10#3
7o CNP - Congresso Nacional de Profissionai. (s.d.). Acesso em 28 de 1 de 2011, disponível em CREA-PR: http://www.crea-pr.org.br/crea3/pub/templateCrea.do

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