domingo, 16 de janeiro de 2011

Um ano sem a Dra. Zilda Arns

Hoje, dia 12 de janeiro de 2011, completa-se um ano após a tragédia que abalou o Haiti. Um número difícil de avaliar de seres humanos morreu ou ficou lesionado para sempre após aquela catástrofe.
Os brasileiros estavam lá nas Forças de Paz, assim dezenas deles também foram vitimados num trabalho honroso em nome do Brasil.
Para as crianças do mundo inteiro, entretanto, uma senhora faleceu, criando um vácuo doloroso, mas deixando um exemplo e trabalho que não terminarão, graças a milhares de militantes que a Dra. Zilda Arns (Wikipédia) cativou. Com propostas simples e demonstrando suas ideias, conquistando militantes e organizando unidades de apoio a médica sanitarista Zilda Arns Neumann (catarinense de Forquilhinha, 1934) com certeza salvou milhões de crianças no Brasil e em outros países. Como valorizar tanto?
Vivemos num mundo contaminado por ideologias, preconceitos, fanatismos etc. e esquecemos a importância de simplesmente amar ou pelo menos respeitar o próximo. Continuamos em disputas estéreis e prioridades erradas, desperdiçando recursos e energias que poderiam ser usadas para construir um mundo melhor.
Precisamos de muitas pessoas com os padrões da Dra. Zilda Arns, há muito a ser feito.
Felizmente o exemplo dela existe e sua morte, se a perdemos fisicamente, significou a cristalização de um ícone, a consolidação de um paradigma humano extremamente importante.
É até interessante tentar entender sua família, que tantas personalidades de destaque humanitário criaram. Seus pais, sua escola, professores e companheiros com certeza podem explicar muito desse fenômeno que nos deu outros líderes de valor, que não citamos para não cometer a injustiça de esquecer algum.
Vivemos tempos estranhos em que o ódio e os prazeres fáceis imperam. Talvez tudo isso aconteça pela incapacidade de se ver coisas simples e a importância de valores básicos, como a família, base de tudo o que descobrimos de bom e mau em nossa sociedade.
A consciência do desamor é tão grande que até o esporte virou instrumento de guerra entre torcidas e a disposição para o entorpecimento com qualquer tipo de droga é um sintoma eloquente da ausência de fé, amor e caridade, da alegria simples de viver, palavras que vemos em templos e lugares que precisam ser fortalecidos para podermos reverter cenários tão brutais quanto sentimos aqui mesmo, visitando nossas vilas e praças ou simplesmente tentando caminhar sobre calçadas impossíveis. Aliás, seu sobrinho, agora nosso vice-governador, Sua Excia. Flávio Arns, é líder histórico a favor das pessoas com deficiência, PcD. Nesse dia deve sentir a tristeza da ausência da Dra. Zilda Arns e pensar na responsabilidade do cargo conquistado, acima de tudo graças à personalidade que herdou e aproveitou em bandeiras de lutas pelas pessoas carentes de atenção.
Nossa esperança é grande no exemplo deixado pela Dra. Zilda Arns Neumann. No Brasil precisamos destacar suas virtudes e trabalho social, pois sentimos uma tremenda frieza por parte de pessoas que poderiam mudar nossa terra. Há muito a ser feito a favor das crianças, dos adolescentes, dos idosos, das pessoas com deficiências materiais, físicas, sensoriais, intelectuais etc.
Podemos ter esperanças positivas?

Cascaes
12.1.2011

Wikipédia, C. d. (s.d.). Zilda Arns. Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Wikipédia, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zilda_Arns

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