Quando um governo ou empresa carecem de recursos devem aproveitar o tempo para planejar um futuro melhor. Esse processo de preparação para o futuro tem muitos horizontes. De modo geral denominamos planejamento de curto, médio e longo prazo. Pode-se também deixar o planejamento de curto prazo mais para as equipes operacionais e investir pesadamente em análise de diretrizes, programas e projetos para um momento cinco, dez, quinze até, e faz sentido, quarenta anos adiante quando percebemos a necessidade de mudanças radicais.
Vi, até com certo escárnio, um documento denominado Blumenau 2050 (tempo distante, não?). Tenho vergonha da minha precipitação e agora revejo minhas posições aplaudindo seus responsáveis. Observando o portal da Prefeitura de Blumenau (PMB) sentimos que a cidade evoluiu de tempos de planejamento fechado, vivendo o período participativo e agora para um padrão técnico maior. Relembrando os tempos do prefeito Décio Lima, quando a adesão popular foi impressionante ao planejamento participativo e o apoio forte da FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau), agora com a WEB podem ganhar contribuições inesperadas. Em tempos de internet, conquistamos capilaridade e possiblidade eficaz de participação popular a partir de documentos de apoio bem feitos e eventos preparados com muito cuidado. Ótimo!
Blumenau tem sofrido revezes colossais com as enchentes. Uma tolerância excessiva em relação à ocupação de áreas inadequadas além do descuido técnico em obras de drenagem, proteção contra enchentes, sistemas de alerta, vigilância sobre concessionárias estaduais e federais etc. custaram centenas de vidas e bilhões de dólares de prejuízo. Alguns projetos e acidentes, infelizmente, passaram sem auditorias independentes e confiáveis para análises racionais.
O noticiário mostra mais uma vez o drama dos paulistas, fluminenses e mineiros. Inacreditável mas inevitável diante da omissão de autoridades e especialistas que abundam naquela região. Parece que temos apenas gente para explicar o que aconteceu, tétrico!
Procuramos de todas as maneiras fazer algo para alertar nosso povo (Cascaes, Mirante da Defesa Civil). O que o tempo de vida e as condições pessoais nos permitem agora é escrever, fazer blogs, filmes e aproveitar ao máximo as viagens de turismo. Assim criamos espaços para discussão que aumentam com (Brasil 2050). O interessante, construindo o blog, foi descobrir trabalhos semelhantes ao de Blumenau em grandes metrópoles pelo mundo inteiro mais desenvolvido. Ou seja, a preocupação com o futuro ganha formato em anteprojetos e discussões de soluções de longo prazo.
No Paraná vimos pouco disso ou nada. Ao contrário, com pesar descobrimos a degradação da infraestrutura existente. Parece até que seus gestores sonhavam com um estado paleolítico, hostil aos seres humanos, se possível. A Região Metropolitana de Curitiba cresce de forma desordenada, quando muito se criando algum parque para manter algum ambiente verde...
Não sentimos coerência e assim os riscos de catástrofes aumentam numa cidade privilegiada pela topografia e situação geográfica (Curitiba). Por inciativa da FIEP (Sistema FIEP) tivemos muitos seminários, mas precisamos transformar isso tudo em anteprojetos e vetores de educação do povo, sem romantismos e diante da realidade de construir ou reconstruir nossa infraestrutura, tendo, sempre, como objeto principal o ser humano em si.
Cascaes
12.1.2011
(s.d.). Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Sistema FIEP: http://www.fiepr.org.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 14 de 1 de 2011, disponível em Mirante da Defesa Civil: http://mirantedefesacivil.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (12 de 1 de 2011). Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Brasil 2050: http://brasil-2050.blogspot.com/
Fundação Universidade Regional de Blumenau. (s.d.). Acesso em 15 de 1 de 2011, disponível em Fundação Universidade Regional de Blumenau: http://www.furb.br/novo/
PMB. (s.d.). 2o Seminário Técnico Blumenau 2050. Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Prefeitura de Blumenau: http://www.blumenau.sc.gov.br/bnu2050/
domingo, 16 de janeiro de 2011
Planejamento e o horizonte 2050, Curitiba e Blumenau
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Planejamento e o horizonte 2050
Engenharia e política
As catástrofes, que vão se tornando recorrentes, demonstram o que Hannah Arendt disse em (A Vida Do Espírito):
“A ausência de pensamento é realmente um poderoso fator nos assuntos humanos; estatisticamente, é o mais poderoso deles, não apenas na conduta de muitos, mas também na conduta de todos. A premência, a a-scholia dos assuntos humanos, requer juízos provisórios, a confiança no hábito e no costume, isto é, nos preconceitos”.
Isso não é novidade, principalmente para aqueles que exerceram ou atuam como líderes de multidões. Os marqueteiros políticos que o digam. Assim colecionamos maus governos e tragédias inacreditáveis. O resultado da imprudência política e técnica (Mirante da Defesa Civil) é encher noticiários com cenas de imenso sofrimento.
Temos critérios discutíveis de desenvolvimento.
A superconcentração humana em alguns lugares nem sempre apropriados a essa situação é preocupante, criando-se cenários perigosos. Em outra dimensão a ampliação de cidades (de qualquer tamanho) para lugares inadequados é outro fator de risco.
As chuvas mais fortes mostram, desde um balneário como o de Camboriú até cidades padrão Curitiba ou São Paulo, que estivemos sem administração técnica adequada durante décadas. Simplesmente não há por que ver ruas extravasando águas com tanta frequência e o pior: desabamentos e ocupações de lugares que de tão manjados já estão mapeados como áreas de risco, mas cheios de casas e até prédios. Os prejuízos podem ser colossais e o sofrimento de inúmeras pessoas maior ainda.
Incomoda, dói, irrita, além disso, ver prioridades circenses quando mergulhamos em epidemias de dengue e a violência só aumenta por efeito da desmobilização de forças policiais, o que acontece quando não acompanham o crescimento populacional nem são equipadas para enfrentar máfias poderosas (ou seria por isso?).
E a Engenharia?
Temos situações até favoráveis a soluções inovadoras. A energia, exemplificando, deve crescer de custos e tornar-se um problema ambiental mais grave, exigindo uso racionalizado. O aproveitamento de fontes renováveis é importantíssimo. Pode também ajudar em soluções não convencionais. Por exemplo, por quê não decuplicar usinas hidrelétricas que poderiam, se bem feitas e operadas adequadamente, coletando água no planalto e despejando no Atlântico (Henry Borden, Parigot de Souza, por exemplo) reduzir substancialmente o fluxo dos rios em períodos de ondas de instabilidade já previsíveis? Que tal aproveitar melhor, a favor da Defesa Civil, os programas existentes para gerenciamento de usinas? Há poucos anos vi, num congresso sobre energia elétrica em São Paulo, a apresentação de um software para previsão de chuvas catastróficas em micro regiões, desenvolvido por especialistas brasileiros para a Tractebel, se não me engano.
Questões não faltam.
Onde está a política de drenagem das cidades? Vão querer resolver isso fazendo canteirinhos nas calçadas? A qualidade e dimensão dos dutos de água são razoáveis? Podem explicar muitos deslizamentos que observamos nesse começo de 2011.
E as leis, decretos, normas etc.?
O que impede nossos legisladores e administradores públicos de racionalizar leis mal feitas que permitem situações em que ano a ano matam e aleijam milhares de brasileiros? Precisamos, com urgência, de um mutirão técnico e político a favor da segurança do nosso povo.
Temos mais sugestões, por exemplo: Por quê não transferir capitais (função política) e até cidades para locais adequados? Quantos urbanistas e engenheiros o Brasil revelaria ao mundo... e isso poderá ser feito em forma de PPP e custos reduzidos, ajustando-se incentivos a megaempresários dispostos a investir no Brasil, alguns, quem sabe, coerentes com discursos ambientalistas radicais.
O nosso povo demonstra as teses da Hannah Arendt, mas não precisaria exagerar. O que vemos na definição de ministros, secretários, diretores de estatais etc. é vergonhoso, ofensivo.
Temos exceções, assim vemos com satisfação o esforço dos blumenauenses em refazer uma cidade excessivamente exposta a catástrofes (Cascaes, Blumenau 2050 - um exemplo de caso, 2011).
E a educação política?
Infelizmente o resultado das últimas eleições mostrou suprema indiferença recíproca entre o povo e os partidos políticos. As “agremiações políticas” e seus dignos chefes não mais se preocupam com a opinião pública quando o assunto é coerência, moralidade e competência administrativa. Isso é extremamente grave, talvez as catástrofes acordem os brasileiros para a necessidade de bons governantes e legisladores...
Em 2010 tivemos motivos mais do que evidentes para impugnações de candidaturas, aconteceram? Fatos consumados e transferir responsabilidades parecem ser a regra dominante.
De qualquer jeito, com ou sem política, precisamos aprender a exercer militância cívica a favor do nosso povo. Dentro ou fora dos partidos, graças à internet, principalmente, podemos muito, é só querer.
Querer?
Falando de administração de nossas metrópoles não aceitamos desculpas, nelas temos as maiores concentrações de universidades e doutores. Será que não se preocupam com seus concidadãos? Ou se curtem aflições, por quê não agem com mais eficácia e ousadia?
Cascaes
14.1.2011
Arendt, H. (2009). A Vida Do Espírito. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 14 de 1 de 2011, disponível em Mirante da Defesa Civil: http://mirantedefesacivil.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (1 de 2011). Blumenau 2050 - um exemplo de caso. Acesso em 14 de 1 de 2011, disponível em Brasil 2050: http://brasil-2050.blogspot.com
“A ausência de pensamento é realmente um poderoso fator nos assuntos humanos; estatisticamente, é o mais poderoso deles, não apenas na conduta de muitos, mas também na conduta de todos. A premência, a a-scholia dos assuntos humanos, requer juízos provisórios, a confiança no hábito e no costume, isto é, nos preconceitos”.
Isso não é novidade, principalmente para aqueles que exerceram ou atuam como líderes de multidões. Os marqueteiros políticos que o digam. Assim colecionamos maus governos e tragédias inacreditáveis. O resultado da imprudência política e técnica (Mirante da Defesa Civil) é encher noticiários com cenas de imenso sofrimento.
Temos critérios discutíveis de desenvolvimento.
A superconcentração humana em alguns lugares nem sempre apropriados a essa situação é preocupante, criando-se cenários perigosos. Em outra dimensão a ampliação de cidades (de qualquer tamanho) para lugares inadequados é outro fator de risco.
As chuvas mais fortes mostram, desde um balneário como o de Camboriú até cidades padrão Curitiba ou São Paulo, que estivemos sem administração técnica adequada durante décadas. Simplesmente não há por que ver ruas extravasando águas com tanta frequência e o pior: desabamentos e ocupações de lugares que de tão manjados já estão mapeados como áreas de risco, mas cheios de casas e até prédios. Os prejuízos podem ser colossais e o sofrimento de inúmeras pessoas maior ainda.
Incomoda, dói, irrita, além disso, ver prioridades circenses quando mergulhamos em epidemias de dengue e a violência só aumenta por efeito da desmobilização de forças policiais, o que acontece quando não acompanham o crescimento populacional nem são equipadas para enfrentar máfias poderosas (ou seria por isso?).
E a Engenharia?
Temos situações até favoráveis a soluções inovadoras. A energia, exemplificando, deve crescer de custos e tornar-se um problema ambiental mais grave, exigindo uso racionalizado. O aproveitamento de fontes renováveis é importantíssimo. Pode também ajudar em soluções não convencionais. Por exemplo, por quê não decuplicar usinas hidrelétricas que poderiam, se bem feitas e operadas adequadamente, coletando água no planalto e despejando no Atlântico (Henry Borden, Parigot de Souza, por exemplo) reduzir substancialmente o fluxo dos rios em períodos de ondas de instabilidade já previsíveis? Que tal aproveitar melhor, a favor da Defesa Civil, os programas existentes para gerenciamento de usinas? Há poucos anos vi, num congresso sobre energia elétrica em São Paulo, a apresentação de um software para previsão de chuvas catastróficas em micro regiões, desenvolvido por especialistas brasileiros para a Tractebel, se não me engano.
Questões não faltam.
Onde está a política de drenagem das cidades? Vão querer resolver isso fazendo canteirinhos nas calçadas? A qualidade e dimensão dos dutos de água são razoáveis? Podem explicar muitos deslizamentos que observamos nesse começo de 2011.
E as leis, decretos, normas etc.?
O que impede nossos legisladores e administradores públicos de racionalizar leis mal feitas que permitem situações em que ano a ano matam e aleijam milhares de brasileiros? Precisamos, com urgência, de um mutirão técnico e político a favor da segurança do nosso povo.
Temos mais sugestões, por exemplo: Por quê não transferir capitais (função política) e até cidades para locais adequados? Quantos urbanistas e engenheiros o Brasil revelaria ao mundo... e isso poderá ser feito em forma de PPP e custos reduzidos, ajustando-se incentivos a megaempresários dispostos a investir no Brasil, alguns, quem sabe, coerentes com discursos ambientalistas radicais.
O nosso povo demonstra as teses da Hannah Arendt, mas não precisaria exagerar. O que vemos na definição de ministros, secretários, diretores de estatais etc. é vergonhoso, ofensivo.
Temos exceções, assim vemos com satisfação o esforço dos blumenauenses em refazer uma cidade excessivamente exposta a catástrofes (Cascaes, Blumenau 2050 - um exemplo de caso, 2011).
E a educação política?
Infelizmente o resultado das últimas eleições mostrou suprema indiferença recíproca entre o povo e os partidos políticos. As “agremiações políticas” e seus dignos chefes não mais se preocupam com a opinião pública quando o assunto é coerência, moralidade e competência administrativa. Isso é extremamente grave, talvez as catástrofes acordem os brasileiros para a necessidade de bons governantes e legisladores...
Em 2010 tivemos motivos mais do que evidentes para impugnações de candidaturas, aconteceram? Fatos consumados e transferir responsabilidades parecem ser a regra dominante.
De qualquer jeito, com ou sem política, precisamos aprender a exercer militância cívica a favor do nosso povo. Dentro ou fora dos partidos, graças à internet, principalmente, podemos muito, é só querer.
Querer?
Falando de administração de nossas metrópoles não aceitamos desculpas, nelas temos as maiores concentrações de universidades e doutores. Será que não se preocupam com seus concidadãos? Ou se curtem aflições, por quê não agem com mais eficácia e ousadia?
Cascaes
14.1.2011
Arendt, H. (2009). A Vida Do Espírito. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 14 de 1 de 2011, disponível em Mirante da Defesa Civil: http://mirantedefesacivil.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (1 de 2011). Blumenau 2050 - um exemplo de caso. Acesso em 14 de 1 de 2011, disponível em Brasil 2050: http://brasil-2050.blogspot.com
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Catástrofes – crimes culposos ou dolosos
Entra ano e sai ano e as notícias não mudam, só os lugares eventualmente são diferentes. Se as lógicas dos economistas valerem da maneira mais gelada possível, gastamos infinitamente mais socorrendo vítimas do que evitando tragédias. Somando a tudo isso o sofrimento das pessoas atingidas, chegamos a níveis absurdos de desgaste.
Colhemos, também, o resultado de décadas de desprezo pela boa Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, isso sem falar no combate precário a endemias e prevenção a epidemias. Segurança não existe em aspecto algum se somarmos a isso tudo o resto dos efeitos de um longo período de amnésia técnica.
Para compensar a “tigrada” só alegria com o futebol, carnaval etc. Aliás, no livro (Giannetti, 2006) encontramos até admiração pelos povos que conseguem ser felizes em situações extremas, com exemplos interessantes e razões plausíveis.
Independentemente de qualquer coisa, quando as tragédias caem sobre cidades e estados ricos, habitados por pessoas cultas e, mais ainda, em lugares cheios de universidades e mestres, perguntamos: ninguém imaginava isso?
Que tipo de crimes pode-se imputar a eles?
Omissões, ações criminosas ou pura incompetência?
Que espírito de fraternidade e cidadania é esse?
No Direito encontramos a tipificação de crimes dolosos e culposos.
Do dicionário (Houaiss) sabemos que:
Doloso é o “... que atua com dolo; enganoso, pérfido ... proveniente de dolo... Rubrica: termo jurídico....que se efetivou com dolo (diz-se de falta, crime etc. prejudicial a outrem)”...
Culposo
“...que tem ou sente culpa; ... em que existe culpa, que denota culpa, ... Rubrica: termo jurídico... em que, embora haja culpa, se efetivou sem que o agente pudesse prever-lhe as consequências (diz-se de ato).
Obs.: p.opos. a doloso... Ex.: homicídio c.”
Com certeza, dada à dimensão dos desastres na região sudeste de nosso país encontraremos os dois casos jurídicos e a simples omissão ou incompetência de alguns indivíduos conscientes dos riscos possíveis.
Quem aciona a Justiça? Como serão julgados esses crimes? Que punições receberão?
Tudo isso sem esquecer que não raramente as próprias vítimas adultas possam ter culpa no cartório, subornando fiscais e desprezando bons profissionais, afinal o que importa é explorar ao máximo qualquer trabalhador, com ou sem diploma, muitas vezes expondo-se a acidentes dessa espécie ou criando situações de risco para seus vizinhos e pessoas até distantes (no meio de enxurradas ou no caminho de desabamentos sucessivos).
Nossos advogados deveriam debruçar-se mais sobre tudo isso.
Num país que um dia talvez seja realmente democrático e sob o império de leis bem feitas com jurisprudência adequada, é bom começar logo estimulando clientes e propondo ações contra o Governo, construtores, responsáveis técnicos etc.
Aliás, as escrituras públicas deveriam relacionar sempre o número das ARTs (ART - Anotação de Responsabilidade Técnica) e contratantes. O peso dos processos é educativo e inibidor de possíveis irresponsabilidades e/ou incompetências.
Não devemos, também, esquecer os defensores de pererecas. O ambientalismo radical e sem rumo mira alvos errados, deixando de lado o ser humano e impedindo obras que salvariam inúmeras vidas. Foi gratificante ver nosso ex-presidente Lula dizendo em discursos o que os xiitas verdes causaram ao Brasil, e ainda vão fazer mais, afinal muitos têm interesses políticos, comerciais e industriais colossais apoiando-os discretamente ou explicitamente.
Conhecemos histórias para contar sobre a incompetência suprema de gerentes de empresas, repartições públicas e lideranças civis nocivas a todos. Não é o momento para reminiscências, mas para dizer com todas as palavras, basta!
Está na hora de mudarmos leis e procedimentos para que voltemos a ter os efeitos da boa engenharia (e noutras profissões também), essencial à segurança de todos, assim como políticos e gerentes preocupados em fazer direito o que lhes compete.
Afinal, se para receber os milionários do futebol vale tudo, por quê não aumentar a dose de entusiasmo a favor da nossa sobrevivência?
Ou continuaremos apaziguando nossa consciência com rezas e campanhas de doação a flagelados...
Cascaes
13.1.2011
Giannetti, E. (2006). Felicidade. São Paulo: Companhia das Letras.
Houaiss, A. (s.d.). Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
Colhemos, também, o resultado de décadas de desprezo pela boa Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, isso sem falar no combate precário a endemias e prevenção a epidemias. Segurança não existe em aspecto algum se somarmos a isso tudo o resto dos efeitos de um longo período de amnésia técnica.
Para compensar a “tigrada” só alegria com o futebol, carnaval etc. Aliás, no livro (Giannetti, 2006) encontramos até admiração pelos povos que conseguem ser felizes em situações extremas, com exemplos interessantes e razões plausíveis.
Independentemente de qualquer coisa, quando as tragédias caem sobre cidades e estados ricos, habitados por pessoas cultas e, mais ainda, em lugares cheios de universidades e mestres, perguntamos: ninguém imaginava isso?
Que tipo de crimes pode-se imputar a eles?
Omissões, ações criminosas ou pura incompetência?
Que espírito de fraternidade e cidadania é esse?
No Direito encontramos a tipificação de crimes dolosos e culposos.
Do dicionário (Houaiss) sabemos que:
Doloso é o “... que atua com dolo; enganoso, pérfido ... proveniente de dolo... Rubrica: termo jurídico....que se efetivou com dolo (diz-se de falta, crime etc. prejudicial a outrem)”...
Culposo
“...que tem ou sente culpa; ... em que existe culpa, que denota culpa, ... Rubrica: termo jurídico... em que, embora haja culpa, se efetivou sem que o agente pudesse prever-lhe as consequências (diz-se de ato).
Obs.: p.opos. a doloso... Ex.: homicídio c.”
Com certeza, dada à dimensão dos desastres na região sudeste de nosso país encontraremos os dois casos jurídicos e a simples omissão ou incompetência de alguns indivíduos conscientes dos riscos possíveis.
Quem aciona a Justiça? Como serão julgados esses crimes? Que punições receberão?
Tudo isso sem esquecer que não raramente as próprias vítimas adultas possam ter culpa no cartório, subornando fiscais e desprezando bons profissionais, afinal o que importa é explorar ao máximo qualquer trabalhador, com ou sem diploma, muitas vezes expondo-se a acidentes dessa espécie ou criando situações de risco para seus vizinhos e pessoas até distantes (no meio de enxurradas ou no caminho de desabamentos sucessivos).
Nossos advogados deveriam debruçar-se mais sobre tudo isso.
Num país que um dia talvez seja realmente democrático e sob o império de leis bem feitas com jurisprudência adequada, é bom começar logo estimulando clientes e propondo ações contra o Governo, construtores, responsáveis técnicos etc.
Aliás, as escrituras públicas deveriam relacionar sempre o número das ARTs (ART - Anotação de Responsabilidade Técnica) e contratantes. O peso dos processos é educativo e inibidor de possíveis irresponsabilidades e/ou incompetências.
Não devemos, também, esquecer os defensores de pererecas. O ambientalismo radical e sem rumo mira alvos errados, deixando de lado o ser humano e impedindo obras que salvariam inúmeras vidas. Foi gratificante ver nosso ex-presidente Lula dizendo em discursos o que os xiitas verdes causaram ao Brasil, e ainda vão fazer mais, afinal muitos têm interesses políticos, comerciais e industriais colossais apoiando-os discretamente ou explicitamente.
Conhecemos histórias para contar sobre a incompetência suprema de gerentes de empresas, repartições públicas e lideranças civis nocivas a todos. Não é o momento para reminiscências, mas para dizer com todas as palavras, basta!
Está na hora de mudarmos leis e procedimentos para que voltemos a ter os efeitos da boa engenharia (e noutras profissões também), essencial à segurança de todos, assim como políticos e gerentes preocupados em fazer direito o que lhes compete.
Afinal, se para receber os milionários do futebol vale tudo, por quê não aumentar a dose de entusiasmo a favor da nossa sobrevivência?
Ou continuaremos apaziguando nossa consciência com rezas e campanhas de doação a flagelados...
Cascaes
13.1.2011
Giannetti, E. (2006). Felicidade. São Paulo: Companhia das Letras.
Houaiss, A. (s.d.). Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
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Catástrofes – crimes culposos ou dolosos
Um ano sem a Dra. Zilda Arns
Hoje, dia 12 de janeiro de 2011, completa-se um ano após a tragédia que abalou o Haiti. Um número difícil de avaliar de seres humanos morreu ou ficou lesionado para sempre após aquela catástrofe.
Os brasileiros estavam lá nas Forças de Paz, assim dezenas deles também foram vitimados num trabalho honroso em nome do Brasil.
Para as crianças do mundo inteiro, entretanto, uma senhora faleceu, criando um vácuo doloroso, mas deixando um exemplo e trabalho que não terminarão, graças a milhares de militantes que a Dra. Zilda Arns (Wikipédia) cativou. Com propostas simples e demonstrando suas ideias, conquistando militantes e organizando unidades de apoio a médica sanitarista Zilda Arns Neumann (catarinense de Forquilhinha, 1934) com certeza salvou milhões de crianças no Brasil e em outros países. Como valorizar tanto?
Vivemos num mundo contaminado por ideologias, preconceitos, fanatismos etc. e esquecemos a importância de simplesmente amar ou pelo menos respeitar o próximo. Continuamos em disputas estéreis e prioridades erradas, desperdiçando recursos e energias que poderiam ser usadas para construir um mundo melhor.
Precisamos de muitas pessoas com os padrões da Dra. Zilda Arns, há muito a ser feito.
Felizmente o exemplo dela existe e sua morte, se a perdemos fisicamente, significou a cristalização de um ícone, a consolidação de um paradigma humano extremamente importante.
É até interessante tentar entender sua família, que tantas personalidades de destaque humanitário criaram. Seus pais, sua escola, professores e companheiros com certeza podem explicar muito desse fenômeno que nos deu outros líderes de valor, que não citamos para não cometer a injustiça de esquecer algum.
Vivemos tempos estranhos em que o ódio e os prazeres fáceis imperam. Talvez tudo isso aconteça pela incapacidade de se ver coisas simples e a importância de valores básicos, como a família, base de tudo o que descobrimos de bom e mau em nossa sociedade.
A consciência do desamor é tão grande que até o esporte virou instrumento de guerra entre torcidas e a disposição para o entorpecimento com qualquer tipo de droga é um sintoma eloquente da ausência de fé, amor e caridade, da alegria simples de viver, palavras que vemos em templos e lugares que precisam ser fortalecidos para podermos reverter cenários tão brutais quanto sentimos aqui mesmo, visitando nossas vilas e praças ou simplesmente tentando caminhar sobre calçadas impossíveis. Aliás, seu sobrinho, agora nosso vice-governador, Sua Excia. Flávio Arns, é líder histórico a favor das pessoas com deficiência, PcD. Nesse dia deve sentir a tristeza da ausência da Dra. Zilda Arns e pensar na responsabilidade do cargo conquistado, acima de tudo graças à personalidade que herdou e aproveitou em bandeiras de lutas pelas pessoas carentes de atenção.
Nossa esperança é grande no exemplo deixado pela Dra. Zilda Arns Neumann. No Brasil precisamos destacar suas virtudes e trabalho social, pois sentimos uma tremenda frieza por parte de pessoas que poderiam mudar nossa terra. Há muito a ser feito a favor das crianças, dos adolescentes, dos idosos, das pessoas com deficiências materiais, físicas, sensoriais, intelectuais etc.
Podemos ter esperanças positivas?
Cascaes
12.1.2011
Wikipédia, C. d. (s.d.). Zilda Arns. Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Wikipédia, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zilda_Arns
Os brasileiros estavam lá nas Forças de Paz, assim dezenas deles também foram vitimados num trabalho honroso em nome do Brasil.
Para as crianças do mundo inteiro, entretanto, uma senhora faleceu, criando um vácuo doloroso, mas deixando um exemplo e trabalho que não terminarão, graças a milhares de militantes que a Dra. Zilda Arns (Wikipédia) cativou. Com propostas simples e demonstrando suas ideias, conquistando militantes e organizando unidades de apoio a médica sanitarista Zilda Arns Neumann (catarinense de Forquilhinha, 1934) com certeza salvou milhões de crianças no Brasil e em outros países. Como valorizar tanto?
Vivemos num mundo contaminado por ideologias, preconceitos, fanatismos etc. e esquecemos a importância de simplesmente amar ou pelo menos respeitar o próximo. Continuamos em disputas estéreis e prioridades erradas, desperdiçando recursos e energias que poderiam ser usadas para construir um mundo melhor.
Precisamos de muitas pessoas com os padrões da Dra. Zilda Arns, há muito a ser feito.
Felizmente o exemplo dela existe e sua morte, se a perdemos fisicamente, significou a cristalização de um ícone, a consolidação de um paradigma humano extremamente importante.
É até interessante tentar entender sua família, que tantas personalidades de destaque humanitário criaram. Seus pais, sua escola, professores e companheiros com certeza podem explicar muito desse fenômeno que nos deu outros líderes de valor, que não citamos para não cometer a injustiça de esquecer algum.
Vivemos tempos estranhos em que o ódio e os prazeres fáceis imperam. Talvez tudo isso aconteça pela incapacidade de se ver coisas simples e a importância de valores básicos, como a família, base de tudo o que descobrimos de bom e mau em nossa sociedade.
A consciência do desamor é tão grande que até o esporte virou instrumento de guerra entre torcidas e a disposição para o entorpecimento com qualquer tipo de droga é um sintoma eloquente da ausência de fé, amor e caridade, da alegria simples de viver, palavras que vemos em templos e lugares que precisam ser fortalecidos para podermos reverter cenários tão brutais quanto sentimos aqui mesmo, visitando nossas vilas e praças ou simplesmente tentando caminhar sobre calçadas impossíveis. Aliás, seu sobrinho, agora nosso vice-governador, Sua Excia. Flávio Arns, é líder histórico a favor das pessoas com deficiência, PcD. Nesse dia deve sentir a tristeza da ausência da Dra. Zilda Arns e pensar na responsabilidade do cargo conquistado, acima de tudo graças à personalidade que herdou e aproveitou em bandeiras de lutas pelas pessoas carentes de atenção.
Nossa esperança é grande no exemplo deixado pela Dra. Zilda Arns Neumann. No Brasil precisamos destacar suas virtudes e trabalho social, pois sentimos uma tremenda frieza por parte de pessoas que poderiam mudar nossa terra. Há muito a ser feito a favor das crianças, dos adolescentes, dos idosos, das pessoas com deficiências materiais, físicas, sensoriais, intelectuais etc.
Podemos ter esperanças positivas?
Cascaes
12.1.2011
Wikipédia, C. d. (s.d.). Zilda Arns. Acesso em 12 de 1 de 2011, disponível em Wikipédia, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zilda_Arns
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Um ano sem a Dra. Zilda Arns
Intenções e ações – qual é a realidade?
Do portal da URBS (Apresentação) temos (ajustando formatos e parágrafos) que essa empresa deve trabalhar para:
“Melhorar a vida urbana, facilitando os deslocamentos e assegurando o acesso das pessoas às suas casas, ao trabalho, serviços e lazer, de maneira confortável, segura e eficiente.
Esta é a missão que a URBS - Urbanização de Curitiba S.A. tem como desafio diário.
A URBS é a empresa responsável pelas ações estratégicas de planejamento, operação e fiscalização que envolvem os serviços essenciais de transporte e trânsito, além do gerenciamento e administração de equipamentos urbanos de uso comercial da cidade, instalados em bens públicos.
O desafio permanente da empresa tem sido buscar ações efetivas para garantir uma mobilidade segura, eficiente, acessível e com qualidade, seja para o pedestre, motorista, ciclista, motociclista ou para o passageiro do transporte coletivo.
A mobilidade segura, que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, é a meta diária dos dirigentes, gestores e colaboradores da URBS.
Missão
Melhorar a vida urbana.
Visão
Ser referência em soluções inovadoras e excelência na gestão da mobilidade urbana
Valores
- Comprometimento com nossa missão
- Honestidade na condução de nossas atividades e negócios
- Responsabilidade por nossas ações
- Respeito pelas pessoas
- Transparência em nossos atos”
Como podemos ver, a URBS existe com grandes responsabilidades e seus estatutos e lemas mostram excelentes intenções.
Infelizmente, contudo, qualquer empresa pública sofre os caprichos e “competências” do comando político e assim os resultados nem sempre são positivos, ou melhor, além do risco da ineficácia técnica existe a possibilidade de abandono e desprezo pelas boas normas administrativas e funcionais.
Em Curitiba sentimos que especialmente as lógicas mais criteriosas do exercício da Engenharia foram abandonadas, talvez no açodamento de ações midiáticas.
Temos repavimentação de ruas sem cuidados elementares de qualidade (o que vale é o número de “obras”), calçadas lastimáveis, insistência em padrões superados, a novela do lixo, o vandalismo impune, a degradação dos sistemas de drenagem, a construção de prédios em locais inadequados... e a degradação do transporte coletivo e do individual, que já foram motivos de orgulho dos paranaenses, apesar dos longos anos de tremendas dificuldades que enfrentamos após o desmonte de nosso pais no cenário financeiro mundial (final dos anos setenta e anos oitenta do século passado, culminando com a moratória e um longo período de estagnação e inflação).
Felizmente a tecnologia oferece recursos fantásticos e melhor estaríamos se, por exemplo, o sistema de supervisão ótica criado e implantado pelo arquiteto Marcos Prado [ (UFPR) (Franco, 2008) ] não tivesse sido abandonado inexplicavelmente após investimentos enormes (vaidades e incompetências de seus adversários). Curitiba foi a primeira cidade do hemisfério sul a ter um sistema de monitoramento do tráfego com câmeras óticas, zoom, telecomando e central de monitoramento na Rodoviária do Guadalupe.
Com o prefeito Jaime Lerner ganhamos o primeiro calçadão e as canaletas, projeto que enfrentou resistências fortes, mas que agora todos aplaudem. Poderíamos e deveríamos ampliar os calçadões, principalmente entre os grandes terminais centrais (Rui Barbosa, Guadalupe, Tiradentes e Praça Carlos Gomes, pelo menos).
Na administração Roberto Requião e com o apoio do Governador Álvaro Dias ganhamos o SITES (TERMINAL - SITES (SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTE PARA O ENSINO ESPECIAL)). A equipe do prefeito (da qual fiz parte com muita honra) mudou a relação com os empresários do transporte coletivo urbano impondo o pagamento por quilômetro rodado (dando uma tremenda facilidade de racionalização do sistema), a frota pública criada e adquirida sob licitação e exigências técnicas tão boas quanto possíveis naquela época, padronização do layout dos ônibus, impedimento de veículos excessivamente poluidores (dentro e fora), gerenciamento pela URBS [o IPPUC (IPPUC Hoje) passou a se dedicar à sua finalidade principal, pesquisa e planejamento urbano], mais linhas e terminais, repavimentação do piso de algumas canaletas, usando-se, inclusive, pela primeira vez em Curitiba, escarificador para nivelamento adequado do piso, reforma do terminal Guadalupe etc. Ou seja, foi um período de grande produtividade técnica apesar das dificuldades financeiras do município e do Brasil.
Infelizmente, após 1988, o modelo institucional foi modificado para pior, eliminando-se de imediato a frota pública e assim perdendo-se um instrumento de subsídio e dissociação do capital da competência dos operadores. Adiante o custo da URBS entrou no cálculo da tarifa e novas regras foram impostas, culminando com o edital extremamente reprovável para outorga de concessões para exploração do transporte coletivo urbano de Curitiba, apesar de protestos tímidos, éramos poucos para enfrentar a máquina estatal em tempos de férias (Cascaes, MPL e Sociedad Peatonal em luta). Ou pior, chegamos a uma situação de risco maior de acidentes e com a possibilidade de um tarifaço, pois os termos dos contratos assinados levam-nos a crer na iminência desse ato contra o povo de Curitiba.
É importante que todos leiam o questionamento feito pela Sociedad Peatonal (Sociedad Peatonal - Mobilidade Urbana Sustentável) e outros (REF.: Solicitação de impugnação ao edital de licitação do transporte coletivo por ônibus em Curitiba.).
O resultado não poderia ser diferente.
Perdemos tempo, oportunidades de aprimoramento e caímos numa situação que exigirá o socorro do estado e da União para que Curitiba ganhe um padrão de serviços razoáveis.
Perdemos autonomia e lamentamos acidentes que poderiam ser evitados.
Por enquanto, de acordo com especialistas do município, a culpa é dos motoristas...
Cascaes
11.1.2011
(s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em Sociedad Peatonal - Mobilidade Urbana Sustentável: http://sociedadpeatonal.blogspot.com/
Apresentação. (s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em URBS - Urbanização de Curitiba S.A.: http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/index.php
Cascaes, J. C. (s.d.). MPL e Sociedad Peatonal em luta. Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com/2010/04/mpl-e-sociedad-peatonal-em-luta.html
Cascaes, J. C. (s.d.). REF.: Solicitação de impugnação ao edital de licitação do transporte coletivo por ônibus em Curitiba. Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com/
Franco, C. (2008). TRÂNSITO COMO EU O ENTENDO, a Ciência da Mobilidade Urbana. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais.
IPPUC Hoje. (s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em IPPUC - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba: http://www.ippuc.org.br/ippucweb/sasi/home/
TERMINAL - SITES (SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTE PARA O ENSINO ESPECIAL). (s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em Portal de Serviços de Curitiba: http://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/cidadao/equipamento/terminal-sites-sistema-integrado-de-transporte-para-o-ensino-especial/1373
UFPR. (s.d.). Apresentação e Histórico. Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em Universidade Federal do Paraná - Arquitetura e Urbanismo: http://www.cau.ufpr.br/graduacao/apresentacaoehistorico.htm
“Melhorar a vida urbana, facilitando os deslocamentos e assegurando o acesso das pessoas às suas casas, ao trabalho, serviços e lazer, de maneira confortável, segura e eficiente.
Esta é a missão que a URBS - Urbanização de Curitiba S.A. tem como desafio diário.
A URBS é a empresa responsável pelas ações estratégicas de planejamento, operação e fiscalização que envolvem os serviços essenciais de transporte e trânsito, além do gerenciamento e administração de equipamentos urbanos de uso comercial da cidade, instalados em bens públicos.
O desafio permanente da empresa tem sido buscar ações efetivas para garantir uma mobilidade segura, eficiente, acessível e com qualidade, seja para o pedestre, motorista, ciclista, motociclista ou para o passageiro do transporte coletivo.
A mobilidade segura, que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, é a meta diária dos dirigentes, gestores e colaboradores da URBS.
Missão
Melhorar a vida urbana.
Visão
Ser referência em soluções inovadoras e excelência na gestão da mobilidade urbana
Valores
- Comprometimento com nossa missão
- Honestidade na condução de nossas atividades e negócios
- Responsabilidade por nossas ações
- Respeito pelas pessoas
- Transparência em nossos atos”
Como podemos ver, a URBS existe com grandes responsabilidades e seus estatutos e lemas mostram excelentes intenções.
Infelizmente, contudo, qualquer empresa pública sofre os caprichos e “competências” do comando político e assim os resultados nem sempre são positivos, ou melhor, além do risco da ineficácia técnica existe a possibilidade de abandono e desprezo pelas boas normas administrativas e funcionais.
Em Curitiba sentimos que especialmente as lógicas mais criteriosas do exercício da Engenharia foram abandonadas, talvez no açodamento de ações midiáticas.
Temos repavimentação de ruas sem cuidados elementares de qualidade (o que vale é o número de “obras”), calçadas lastimáveis, insistência em padrões superados, a novela do lixo, o vandalismo impune, a degradação dos sistemas de drenagem, a construção de prédios em locais inadequados... e a degradação do transporte coletivo e do individual, que já foram motivos de orgulho dos paranaenses, apesar dos longos anos de tremendas dificuldades que enfrentamos após o desmonte de nosso pais no cenário financeiro mundial (final dos anos setenta e anos oitenta do século passado, culminando com a moratória e um longo período de estagnação e inflação).
Felizmente a tecnologia oferece recursos fantásticos e melhor estaríamos se, por exemplo, o sistema de supervisão ótica criado e implantado pelo arquiteto Marcos Prado [ (UFPR) (Franco, 2008) ] não tivesse sido abandonado inexplicavelmente após investimentos enormes (vaidades e incompetências de seus adversários). Curitiba foi a primeira cidade do hemisfério sul a ter um sistema de monitoramento do tráfego com câmeras óticas, zoom, telecomando e central de monitoramento na Rodoviária do Guadalupe.
Com o prefeito Jaime Lerner ganhamos o primeiro calçadão e as canaletas, projeto que enfrentou resistências fortes, mas que agora todos aplaudem. Poderíamos e deveríamos ampliar os calçadões, principalmente entre os grandes terminais centrais (Rui Barbosa, Guadalupe, Tiradentes e Praça Carlos Gomes, pelo menos).
Na administração Roberto Requião e com o apoio do Governador Álvaro Dias ganhamos o SITES (TERMINAL - SITES (SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTE PARA O ENSINO ESPECIAL)). A equipe do prefeito (da qual fiz parte com muita honra) mudou a relação com os empresários do transporte coletivo urbano impondo o pagamento por quilômetro rodado (dando uma tremenda facilidade de racionalização do sistema), a frota pública criada e adquirida sob licitação e exigências técnicas tão boas quanto possíveis naquela época, padronização do layout dos ônibus, impedimento de veículos excessivamente poluidores (dentro e fora), gerenciamento pela URBS [o IPPUC (IPPUC Hoje) passou a se dedicar à sua finalidade principal, pesquisa e planejamento urbano], mais linhas e terminais, repavimentação do piso de algumas canaletas, usando-se, inclusive, pela primeira vez em Curitiba, escarificador para nivelamento adequado do piso, reforma do terminal Guadalupe etc. Ou seja, foi um período de grande produtividade técnica apesar das dificuldades financeiras do município e do Brasil.
Infelizmente, após 1988, o modelo institucional foi modificado para pior, eliminando-se de imediato a frota pública e assim perdendo-se um instrumento de subsídio e dissociação do capital da competência dos operadores. Adiante o custo da URBS entrou no cálculo da tarifa e novas regras foram impostas, culminando com o edital extremamente reprovável para outorga de concessões para exploração do transporte coletivo urbano de Curitiba, apesar de protestos tímidos, éramos poucos para enfrentar a máquina estatal em tempos de férias (Cascaes, MPL e Sociedad Peatonal em luta). Ou pior, chegamos a uma situação de risco maior de acidentes e com a possibilidade de um tarifaço, pois os termos dos contratos assinados levam-nos a crer na iminência desse ato contra o povo de Curitiba.
É importante que todos leiam o questionamento feito pela Sociedad Peatonal (Sociedad Peatonal - Mobilidade Urbana Sustentável) e outros (REF.: Solicitação de impugnação ao edital de licitação do transporte coletivo por ônibus em Curitiba.).
O resultado não poderia ser diferente.
Perdemos tempo, oportunidades de aprimoramento e caímos numa situação que exigirá o socorro do estado e da União para que Curitiba ganhe um padrão de serviços razoáveis.
Perdemos autonomia e lamentamos acidentes que poderiam ser evitados.
Por enquanto, de acordo com especialistas do município, a culpa é dos motoristas...
Cascaes
11.1.2011
(s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em Sociedad Peatonal - Mobilidade Urbana Sustentável: http://sociedadpeatonal.blogspot.com/
Apresentação. (s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em URBS - Urbanização de Curitiba S.A.: http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/index.php
Cascaes, J. C. (s.d.). MPL e Sociedad Peatonal em luta. Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com/2010/04/mpl-e-sociedad-peatonal-em-luta.html
Cascaes, J. C. (s.d.). REF.: Solicitação de impugnação ao edital de licitação do transporte coletivo por ônibus em Curitiba. Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com/
Franco, C. (2008). TRÂNSITO COMO EU O ENTENDO, a Ciência da Mobilidade Urbana. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais.
IPPUC Hoje. (s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em IPPUC - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba: http://www.ippuc.org.br/ippucweb/sasi/home/
TERMINAL - SITES (SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTE PARA O ENSINO ESPECIAL). (s.d.). Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em Portal de Serviços de Curitiba: http://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/cidadao/equipamento/terminal-sites-sistema-integrado-de-transporte-para-o-ensino-especial/1373
UFPR. (s.d.). Apresentação e Histórico. Acesso em 11 de 1 de 2011, disponível em Universidade Federal do Paraná - Arquitetura e Urbanismo: http://www.cau.ufpr.br/graduacao/apresentacaoehistorico.htm
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Intenções e ações – qual é a realidade?
Covardia, intolerância e omissão
A convivência entre seres humanos civilizados e amantes da alegria de viver exige tolerância diante de todos os tipos de diversidades. Diferenças sexuais, políticas, étnicas, religiosas, esportivas e outras que possam surgir devem acontecer sem causar aversões nem indignações. Não podemos cair em clima de ódio gratuito, tolo, irresponsável, se é que existe alguma forma justificável de raiva extrema.
O radicalismo pode chegar a absurdos tremendos como vimos nos EUA em diversos eventos, o mais recente vitimando pessoas que exerciam o direito de discussão pública de suas opiniões.
O atentado contra a deputada Gabrielle Gifford (com muitas vítimas fatais) é mais um daqueles atos absurdos de uma nação que se orgulha de sua força e se diverte com a violência.
Infelizmente quando até governos de países “desenvolvidos” se gabam de fazerem a mãe das bombas, podemos ficar muito preocupados.
Curitiba aproxima-se desses limites. É assunto que merece estudos diversos e ações enérgicas do Governo. Sabemos que violências de todos os tipos acontecem e estranhamos muito quando sentimos o desinteresse em atender vítimas indefesas, especialmente mulheres agredidas em praça pública, como aconteceu com uma militante do Movimento Passe Livre – MPL.
Devemos entender que o MPL, gostemos ou não das teses políticas que defendam, está trabalhando, arriscando-se a favor do povo de Curitiba. Quando questiona o edital do transporte coletivo urbano, acontecido nas férias de verão do ano passado, e a possibilidade de um tarifaço faz o que todos deveriam fazer, principalmente entidades como a OAB, IEP, CREA, FIEP, MP, Câmara de Vereadores e outras.
Na ausência dessas corporações esse pequeno grupo de jovens procura uma forma de dizer com todas as letras possíveis: vem aí um tarifaço que atingirá a todos.
As tarifas do transporte coletivo urbano pesam no orçamento do povo via custos diretos e indiretos, além de ser fator de decisão entre o transporte coletivo ou individual.
Lamentavelmente o pessoal está de férias ou trabalha duro para sobreviver. Dessas circunstâncias aproveitam-se aqueles que exploram os serviços públicos e autoridades responsáveis por decisões nem sempre populares.
O essencial humano nessa história é a agressão, a provocação e agressão que indivíduos, embriagados pela força e habilidades que possuem, exercem contra pessoas reunidas para falar de seus ideais e lutas que a democracia viabiliza, ou seja, via protestos pacíficos, ainda que incomodativos à gente que gostaria de permanecer oculta.
Em família discutimos muito questões de gênero, o que nos traz estatísticas assustadoras de nosso Brasil não tão pacífico quanto deveria ser. Minha amiga Nédier cansa de escrever sobre a violência no campo. As reportagens mostram que precisamos das Forças Armadas para dominar fortalezas do tráfico. Tudo isso nos deixa tremendamente preocupados.
Minha geração está passando o bastão. Que bandeira entregaremos para nossos filhos, netos e bisnetos? Um bastão ensanguentado, vermelho de sangue de inocentes?
Na televisão temos visto muitos filmes falando dos tempos da ditadura, explícita, óbvia, em luta contra guerrilheiros.
Faremos filmes mostrando outros tempos (atuais) em que a polícia se encolhe, autoridades se omitem, entidades de classe historicamente atuantes se escondem?
Acorda Brasil!
Cascaes
10.1.2011
O radicalismo pode chegar a absurdos tremendos como vimos nos EUA em diversos eventos, o mais recente vitimando pessoas que exerciam o direito de discussão pública de suas opiniões.
O atentado contra a deputada Gabrielle Gifford (com muitas vítimas fatais) é mais um daqueles atos absurdos de uma nação que se orgulha de sua força e se diverte com a violência.
Infelizmente quando até governos de países “desenvolvidos” se gabam de fazerem a mãe das bombas, podemos ficar muito preocupados.
Curitiba aproxima-se desses limites. É assunto que merece estudos diversos e ações enérgicas do Governo. Sabemos que violências de todos os tipos acontecem e estranhamos muito quando sentimos o desinteresse em atender vítimas indefesas, especialmente mulheres agredidas em praça pública, como aconteceu com uma militante do Movimento Passe Livre – MPL.
Devemos entender que o MPL, gostemos ou não das teses políticas que defendam, está trabalhando, arriscando-se a favor do povo de Curitiba. Quando questiona o edital do transporte coletivo urbano, acontecido nas férias de verão do ano passado, e a possibilidade de um tarifaço faz o que todos deveriam fazer, principalmente entidades como a OAB, IEP, CREA, FIEP, MP, Câmara de Vereadores e outras.
Na ausência dessas corporações esse pequeno grupo de jovens procura uma forma de dizer com todas as letras possíveis: vem aí um tarifaço que atingirá a todos.
As tarifas do transporte coletivo urbano pesam no orçamento do povo via custos diretos e indiretos, além de ser fator de decisão entre o transporte coletivo ou individual.
Lamentavelmente o pessoal está de férias ou trabalha duro para sobreviver. Dessas circunstâncias aproveitam-se aqueles que exploram os serviços públicos e autoridades responsáveis por decisões nem sempre populares.
O essencial humano nessa história é a agressão, a provocação e agressão que indivíduos, embriagados pela força e habilidades que possuem, exercem contra pessoas reunidas para falar de seus ideais e lutas que a democracia viabiliza, ou seja, via protestos pacíficos, ainda que incomodativos à gente que gostaria de permanecer oculta.
Em família discutimos muito questões de gênero, o que nos traz estatísticas assustadoras de nosso Brasil não tão pacífico quanto deveria ser. Minha amiga Nédier cansa de escrever sobre a violência no campo. As reportagens mostram que precisamos das Forças Armadas para dominar fortalezas do tráfico. Tudo isso nos deixa tremendamente preocupados.
Minha geração está passando o bastão. Que bandeira entregaremos para nossos filhos, netos e bisnetos? Um bastão ensanguentado, vermelho de sangue de inocentes?
Na televisão temos visto muitos filmes falando dos tempos da ditadura, explícita, óbvia, em luta contra guerrilheiros.
Faremos filmes mostrando outros tempos (atuais) em que a polícia se encolhe, autoridades se omitem, entidades de classe historicamente atuantes se escondem?
Acorda Brasil!
Cascaes
10.1.2011
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Covardia,
intolerância e omissão
Agressão gratuita a militantes de esquerda em Curitiba
No dia 8 de janeiro de 2011, reunidos na Praça do Homem Nu, em Curitiba, militantes do Movimento Passe Livre de Curitiba (MPL) foram agredidos covardemente por um grupo de pessoas aparentemente com motivações políticas ou a serviço de algum grupo divergente.
O resultado dessa agressão foi a perda de dois dentes frontais de uma mulher do grupo e a internação do seu líder por suspeita de fratura cerebral.
Na sequência o MPL acionou uma viatura militar, que na perseguição preferiu parar para investigar um grupo de negros sob suspeita de consumo de crack, e na Delegacia da Mulher, com quem entraram em contato telefônico, a resposta foi inibidora de qualquer ação maior.
Ou seja, no dia em que a cidade de Curitiba viu mais um acidente grave (dezenas de feridos) entre ônibus do transporte coletivo urbano, cidadãos que se reuniam pacificamente para discutir a dinâmica suspeita para licitação e outorga de concessões para este serviço, prestes a sofrer um tarifaço, viram-se agredidos “gratuitamente” e por pouco não aconteceu uma tragédia.
O serviço policial mais uma vez mostrou-se inoperante e com indícios de ações preconceituosas.
Felizmente, de um jeito ou de outro, as pessoas atingidas por essa violência terão elementos para protestar e talvez obter algum tipo de compensação judiciária, afinal o evento foi presenciado por muita gente e dá substância para ações jurídicas.
O que mais uma vez surpreende é a intolerância, perversão ou troca de prioridades. Tudo isso é extremamente perigoso.
Afinal, o Brasil caminha para a radicalização política?
O resultado desse tipo de comportamento mostra, ao longo da história, resultados raramente eficazes. Pior ainda, voltamos a ver jovens atacados, agredidos covardemente. Para quê? Afinal debatiam uma situação prejudicial a todos os curitibanos, que merece ações jurídicas, contestações e ações públicas para, no mínimo, evitar-se abusos.
O acidente mencionado, mais um de muitos, é um exemplo da degradação do transporte coletivo urbano na capital paranaense.
Pior ainda é a intolerância sob todos os aspectos. Político, racial, sexual etc., que tipo de Brasil queremos? Mais grave ainda é a ineficácia eventual das autoridades policiais. Temos uma estrutura complexa, cara e ambiciosa, diante da nossa Constituição Federal. Ela precisa funcionar.
Felizmente o governo pode estar evoluindo, aprimorando-se diante da realidade nacional. Pela qualidade dos eleitos podemos e devemos ter esperanças. Alguns a merecem.
O que aconteceu em 8 de janeiro de 2011 (com uma infinidade de alertas durante o ano de 2010) em Curitiba poderia ter tido consequências trágicas. É assunto para discussão e ações fortes de quem entende na defesa dos Direitos do Cidadão, expressos em tantos estatutos e artigos de nossa Constituição.
Vamos ver o que acontece, precisamos mudar para melhor.
Cascaes
9.1.2011
O resultado dessa agressão foi a perda de dois dentes frontais de uma mulher do grupo e a internação do seu líder por suspeita de fratura cerebral.
Na sequência o MPL acionou uma viatura militar, que na perseguição preferiu parar para investigar um grupo de negros sob suspeita de consumo de crack, e na Delegacia da Mulher, com quem entraram em contato telefônico, a resposta foi inibidora de qualquer ação maior.
Ou seja, no dia em que a cidade de Curitiba viu mais um acidente grave (dezenas de feridos) entre ônibus do transporte coletivo urbano, cidadãos que se reuniam pacificamente para discutir a dinâmica suspeita para licitação e outorga de concessões para este serviço, prestes a sofrer um tarifaço, viram-se agredidos “gratuitamente” e por pouco não aconteceu uma tragédia.
O serviço policial mais uma vez mostrou-se inoperante e com indícios de ações preconceituosas.
Felizmente, de um jeito ou de outro, as pessoas atingidas por essa violência terão elementos para protestar e talvez obter algum tipo de compensação judiciária, afinal o evento foi presenciado por muita gente e dá substância para ações jurídicas.
O que mais uma vez surpreende é a intolerância, perversão ou troca de prioridades. Tudo isso é extremamente perigoso.
Afinal, o Brasil caminha para a radicalização política?
O resultado desse tipo de comportamento mostra, ao longo da história, resultados raramente eficazes. Pior ainda, voltamos a ver jovens atacados, agredidos covardemente. Para quê? Afinal debatiam uma situação prejudicial a todos os curitibanos, que merece ações jurídicas, contestações e ações públicas para, no mínimo, evitar-se abusos.
O acidente mencionado, mais um de muitos, é um exemplo da degradação do transporte coletivo urbano na capital paranaense.
Pior ainda é a intolerância sob todos os aspectos. Político, racial, sexual etc., que tipo de Brasil queremos? Mais grave ainda é a ineficácia eventual das autoridades policiais. Temos uma estrutura complexa, cara e ambiciosa, diante da nossa Constituição Federal. Ela precisa funcionar.
Felizmente o governo pode estar evoluindo, aprimorando-se diante da realidade nacional. Pela qualidade dos eleitos podemos e devemos ter esperanças. Alguns a merecem.
O que aconteceu em 8 de janeiro de 2011 (com uma infinidade de alertas durante o ano de 2010) em Curitiba poderia ter tido consequências trágicas. É assunto para discussão e ações fortes de quem entende na defesa dos Direitos do Cidadão, expressos em tantos estatutos e artigos de nossa Constituição.
Vamos ver o que acontece, precisamos mudar para melhor.
Cascaes
9.1.2011
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Trens e a minha vida
Em Blumenau, garoto nos anos cinquenta, uma de minhas distrações era ir ver o trem. Ficava impressionado observando aquelas máquinas na estação da Itoupava, perto do Centro Espírita (“Fé, Amor e Caridade”, se não me engano). Nas pontes de ferro e noutra de arcos e concreto em “minha cidade” ainda podia ver o lagartão passando, soltando fumaça e fagulhas. Uma festa era viajar de trem, devagar íamos vendo as maravilhas do Vale do Itajaí e brincando nos corredores da composição.
1977 foi um ano muito especial para mim. Participei de uma missão a oito países (Europa e América do Norte) para conhecer indústrias e o estado da arte em subestações blindadas e isoladas em SF6 (Usina de Foz do Areia em construção). Mais uma vez tive contato com trens, mais velozes e confortáveis e que me deram uma paixão adicional pelas músicas do conjunto Kratwerk [ (Kraftwerk) (Wikipédia)], a Trans-Europa Express (1977) que reproduzia muito bem os ruídos, que ouvíamos naqueles tempos em que viajar de trem pela Europa tinha o charme da velocidade certa, ou seja, podíamos ver e sentir melhor um continente incrível e cheio de surpresas.
Ainda em 1977 ficamos surpresos vendo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento que a Siemens fazia em Erlangen, Alemanha, para dominar a tecnologia da suspensão eletromagnética num lugar que parecia um estádio de futebol, testando protótipos (Siemens).
No Brasil, a pedido da esposa (Gilda) de um amigo (Juracy Rezende de Castro Andrade) procurei entender mais sobre trens de alta velocidade. Meu salvador foi o mano Flávio Gaspar, engenheiro da RFFSA, que passou a me emprestar regularmente revistas especializadas no assunto (altíssima tecnologia). A complexidade e a imensa quantidade de detalhes técnicos e cuidados necessários nos projetos em operação, em execução e em estudos deram-me uma visão diferente dos trens modernos.
Em 1988 voltei a visitar fábricas, agora para conhecer mais sobre bondes e metrôs (por conta do governo francês). Em Lyon, muito especialmente, vi os cuidados com o automatismo do controle das máquinas, capricho total. Ainda naquele ano ouvi de um executivo a preocupação francesa em fechar o maior número de contratos possíveis antes que as regras da Comunidade Europeia impusessem novas formas de competição...
Na Europa é possível ver, além dos trens de passageiros, os trens de carga, composições gigantescas tirando das estradas uma quantidade imensa de carga além dos antigos e maravilhosos canais, interligando rios, lagos e portos.
Aeroportos gigantescos completam um cenário que nos permite viajar por aquele continente de muitas maneiras, sem as loucuras do Brasil, que já foi vítima da monocultura agrícola e que agora sofre com a dependência radical do transporte rodoviário, ou seja, diversificamos a agricultura e concentramos o transporte terrestre no sistema mais caro.
Para completar a insanidade a RFFSA foi extinta (quando poderia ser modernizada, aprimorada e até vir a ser uma PPP equilibrada, inteligente) e agora sofremos com a falta dos trilhos, felizmente retomados pelo governo Lula, longe, ainda, do mínimo necessário. Em alguns casos sentimos outras formas de regressão, como, por exemplo, o que descobrimos ter acontecido com a Ferroeste, é de doer.
No Paraná, outro amigo especialista em trens, Paulo Ferraz, disse-me que investimentos em torno de quatro bilhões de reais seriam necessários para corrigir a malha ferroviária existente aqui, deixando-a operacional com eficácia.
Nessa reentrada nos trilhos precisamos, contudo, não sair por aí importando tecnologia sem maiores negociações. O Brasil é grande demais para não ter um parque industrial ferroviário próprio. É uma questão de segurança tão importante quanto fazer tanques e aviões militares.
Refazer o que foi perdido e acrescentar mais linhas significarão investimentos colossais. Felizmente nosso país é rico por natureza e agora estamos começando a explorar em nosso benefício o que existe por aqui. O perigoso é que também demos demonstrações de ingenuidades terríveis...
Diante de tudo isso e para não perdermos a racionalidade impõe-se um planejamento minucioso de todos os modais, cálculo absolutamente honesto de custos e benefícios e um escalonamento criterioso de investimentos aliados a uma política de criação de indústrias e pesquisa e desenvolvimento no Brasil.
Ver a Europa quebrando, reduzindo benefícios sociais, regredindo aos tempos fascistas etc. por ter gasto demais sem muitos cuidados é um alerta fortíssimo ao nosso povo.
Cuidado ao repor os trens nas linhas...
Cascaes
8.1.2011
(s.d.). Acesso em 8 de 1 de 2011, disponível em Kraftwerk: http://www.kraftwerk.com/
Siemens. (s.d.). Trem com menor consumo de energia é a proposta da Siemens para as ligações regionais. Acesso em 8 de 1 de 2011, disponível em Siemens: http://www.siemens.com.br/templates/v2/templates/TemplateClippingDetail.Aspx?channel=10260&id=31
Wikipédia. (s.d.). Kraftwerk. Acesso em 8 de 1 de 2011, disponível em Wikipédia, a enciclopedia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kraftwerk
1977 foi um ano muito especial para mim. Participei de uma missão a oito países (Europa e América do Norte) para conhecer indústrias e o estado da arte em subestações blindadas e isoladas em SF6 (Usina de Foz do Areia em construção). Mais uma vez tive contato com trens, mais velozes e confortáveis e que me deram uma paixão adicional pelas músicas do conjunto Kratwerk [ (Kraftwerk) (Wikipédia)], a Trans-Europa Express (1977) que reproduzia muito bem os ruídos, que ouvíamos naqueles tempos em que viajar de trem pela Europa tinha o charme da velocidade certa, ou seja, podíamos ver e sentir melhor um continente incrível e cheio de surpresas.
Ainda em 1977 ficamos surpresos vendo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento que a Siemens fazia em Erlangen, Alemanha, para dominar a tecnologia da suspensão eletromagnética num lugar que parecia um estádio de futebol, testando protótipos (Siemens).
No Brasil, a pedido da esposa (Gilda) de um amigo (Juracy Rezende de Castro Andrade) procurei entender mais sobre trens de alta velocidade. Meu salvador foi o mano Flávio Gaspar, engenheiro da RFFSA, que passou a me emprestar regularmente revistas especializadas no assunto (altíssima tecnologia). A complexidade e a imensa quantidade de detalhes técnicos e cuidados necessários nos projetos em operação, em execução e em estudos deram-me uma visão diferente dos trens modernos.
Em 1988 voltei a visitar fábricas, agora para conhecer mais sobre bondes e metrôs (por conta do governo francês). Em Lyon, muito especialmente, vi os cuidados com o automatismo do controle das máquinas, capricho total. Ainda naquele ano ouvi de um executivo a preocupação francesa em fechar o maior número de contratos possíveis antes que as regras da Comunidade Europeia impusessem novas formas de competição...
Na Europa é possível ver, além dos trens de passageiros, os trens de carga, composições gigantescas tirando das estradas uma quantidade imensa de carga além dos antigos e maravilhosos canais, interligando rios, lagos e portos.
Aeroportos gigantescos completam um cenário que nos permite viajar por aquele continente de muitas maneiras, sem as loucuras do Brasil, que já foi vítima da monocultura agrícola e que agora sofre com a dependência radical do transporte rodoviário, ou seja, diversificamos a agricultura e concentramos o transporte terrestre no sistema mais caro.
Para completar a insanidade a RFFSA foi extinta (quando poderia ser modernizada, aprimorada e até vir a ser uma PPP equilibrada, inteligente) e agora sofremos com a falta dos trilhos, felizmente retomados pelo governo Lula, longe, ainda, do mínimo necessário. Em alguns casos sentimos outras formas de regressão, como, por exemplo, o que descobrimos ter acontecido com a Ferroeste, é de doer.
No Paraná, outro amigo especialista em trens, Paulo Ferraz, disse-me que investimentos em torno de quatro bilhões de reais seriam necessários para corrigir a malha ferroviária existente aqui, deixando-a operacional com eficácia.
Nessa reentrada nos trilhos precisamos, contudo, não sair por aí importando tecnologia sem maiores negociações. O Brasil é grande demais para não ter um parque industrial ferroviário próprio. É uma questão de segurança tão importante quanto fazer tanques e aviões militares.
Refazer o que foi perdido e acrescentar mais linhas significarão investimentos colossais. Felizmente nosso país é rico por natureza e agora estamos começando a explorar em nosso benefício o que existe por aqui. O perigoso é que também demos demonstrações de ingenuidades terríveis...
Diante de tudo isso e para não perdermos a racionalidade impõe-se um planejamento minucioso de todos os modais, cálculo absolutamente honesto de custos e benefícios e um escalonamento criterioso de investimentos aliados a uma política de criação de indústrias e pesquisa e desenvolvimento no Brasil.
Ver a Europa quebrando, reduzindo benefícios sociais, regredindo aos tempos fascistas etc. por ter gasto demais sem muitos cuidados é um alerta fortíssimo ao nosso povo.
Cuidado ao repor os trens nas linhas...
Cascaes
8.1.2011
(s.d.). Acesso em 8 de 1 de 2011, disponível em Kraftwerk: http://www.kraftwerk.com/
Siemens. (s.d.). Trem com menor consumo de energia é a proposta da Siemens para as ligações regionais. Acesso em 8 de 1 de 2011, disponível em Siemens: http://www.siemens.com.br/templates/v2/templates/TemplateClippingDetail.Aspx?channel=10260&id=31
Wikipédia. (s.d.). Kraftwerk. Acesso em 8 de 1 de 2011, disponível em Wikipédia, a enciclopedia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kraftwerk
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Trens e a minha vida
sábado, 8 de janeiro de 2011
A drenagem de águas pluviais
Temos falado muito de calçadas e a importância delas para as pessoas com uma ou mais deficiências, para os idosos, seres humanos adoentados, crianças e, enfim, para todos nós. Parece que nada comove nossos planejadores urbanos, que preferem respeitar a opinião de gente do tempo das carroças ou de quando titias diziam que o desenho criado com petit pavê (por exemplo) era “artístico”.
Se a segurança, a acessibilidade e a mobilidade tranquila de pessoas em cadeiras de rodas, empurrando carrinhos de bebê, com bengalas para descobrir detalhes e não mergulhar em buracos ou bater nos queridos orelhões etc. não são importantes, podemos acrescentar motivos para uma reengenharia radical das calçadas.
Dificilmente algum cidadão responderá que a calçada é extremamente importante para as concessionárias de serviços essenciais e outros sob responsabilidade das prefeituras. Pois é, e muito!
Abaixo do piso das calçadas temos circuitos de águas pluviais, água potável, esgoto, eletrodutos e até cabos para comunicações, em alguns casos. Sobre o piso veremos os famosos orelhões, canteiros que as prefeituras querem para garantir um milionésimo de permeabilidade, postes, árvores, pontos de ônibus e táxis, bancas de revistas e outras coisas poderão acontecer dependendo das simpatias de quem pedir aos políticos. Com certeza seria infinitamente mais lógico, sensato e justo transferir para as concessionárias a responsabilidade de fazer e manter calçadas, sob a supervisão das prefeituras. Simplesmente não há sentido impor ao proprietário do imóvel confrontante fazer e manter calçadas. Ele deveria ser fiscal, vigilante, incumbido de avisar a prefeitura de defeitos e maus usos.
Neste final de 2010 e início de 2011 pudemos ver em Curitiba, no Balneário de Camboriú e em Blumenau mais um argumento a favor de maior atenção com o que existe sob o piso dos passeios.
Chuvas um pouco mais fortes transformaram a Avenida Getúlio Vargas, esquina do Clube Curitibano com a Saint Hilaire, numa área de enxurradas que simplesmente colocam em risco veículos e pessoas que passam pelo local. No Balneário de Camboriú o pedestre parece que está sendo abandonado, podendo, inclusive, morrer afogado na Avenida Brasil, entre outras. Blumenau choveu, o trânsito para em alguns lugares por efeito de acúmulo perigoso de águas das chuvas.
Em Santa Catarina até podemos relevar muita coisa, afinal passaram por algumas catástrofes, mas em frente ao Curitibano (ou do lado como alguns poderão dizer) já é sinal de relaxamentos que começam a assustar.
O pessoal da Economia e do próprio governo encanta-se com o número de prédios novos e outros tipos de obras, e a drenagem?
Sabemos que em Curitiba, principalmente após o anúncio de que os cartolas da FIFA e o Governo escolheram a cidade como um dos lugares para os profissionais chutarem bola por um mês, alguns cuidados estão em andamento. Deveremos até passar por reformas na região da Baixada e estudos de drenagem estão sendo feitos. Ótimo!
O que notamos é o resultado de muitos anos de desprezo pelo que existe debaixo das calçadas. Em cima delas o que menos importa é o pedestre. Cuidando da drenagem, contudo, poderão, pelo menos, evitar o afogamento de algum mochileiro durante a Copa do Mundo ou a inundação da Arena da Baixada.
A verdade é que nossos prefeitos precisam acordar para as demandas técnicas de cidades que crescem sem parar. Está na hora de mais Engenharia e menos perfumaria.
Cascaes
7.1.2011
Se a segurança, a acessibilidade e a mobilidade tranquila de pessoas em cadeiras de rodas, empurrando carrinhos de bebê, com bengalas para descobrir detalhes e não mergulhar em buracos ou bater nos queridos orelhões etc. não são importantes, podemos acrescentar motivos para uma reengenharia radical das calçadas.
Dificilmente algum cidadão responderá que a calçada é extremamente importante para as concessionárias de serviços essenciais e outros sob responsabilidade das prefeituras. Pois é, e muito!
Abaixo do piso das calçadas temos circuitos de águas pluviais, água potável, esgoto, eletrodutos e até cabos para comunicações, em alguns casos. Sobre o piso veremos os famosos orelhões, canteiros que as prefeituras querem para garantir um milionésimo de permeabilidade, postes, árvores, pontos de ônibus e táxis, bancas de revistas e outras coisas poderão acontecer dependendo das simpatias de quem pedir aos políticos. Com certeza seria infinitamente mais lógico, sensato e justo transferir para as concessionárias a responsabilidade de fazer e manter calçadas, sob a supervisão das prefeituras. Simplesmente não há sentido impor ao proprietário do imóvel confrontante fazer e manter calçadas. Ele deveria ser fiscal, vigilante, incumbido de avisar a prefeitura de defeitos e maus usos.
Neste final de 2010 e início de 2011 pudemos ver em Curitiba, no Balneário de Camboriú e em Blumenau mais um argumento a favor de maior atenção com o que existe sob o piso dos passeios.
Chuvas um pouco mais fortes transformaram a Avenida Getúlio Vargas, esquina do Clube Curitibano com a Saint Hilaire, numa área de enxurradas que simplesmente colocam em risco veículos e pessoas que passam pelo local. No Balneário de Camboriú o pedestre parece que está sendo abandonado, podendo, inclusive, morrer afogado na Avenida Brasil, entre outras. Blumenau choveu, o trânsito para em alguns lugares por efeito de acúmulo perigoso de águas das chuvas.
Em Santa Catarina até podemos relevar muita coisa, afinal passaram por algumas catástrofes, mas em frente ao Curitibano (ou do lado como alguns poderão dizer) já é sinal de relaxamentos que começam a assustar.
O pessoal da Economia e do próprio governo encanta-se com o número de prédios novos e outros tipos de obras, e a drenagem?
Sabemos que em Curitiba, principalmente após o anúncio de que os cartolas da FIFA e o Governo escolheram a cidade como um dos lugares para os profissionais chutarem bola por um mês, alguns cuidados estão em andamento. Deveremos até passar por reformas na região da Baixada e estudos de drenagem estão sendo feitos. Ótimo!
O que notamos é o resultado de muitos anos de desprezo pelo que existe debaixo das calçadas. Em cima delas o que menos importa é o pedestre. Cuidando da drenagem, contudo, poderão, pelo menos, evitar o afogamento de algum mochileiro durante a Copa do Mundo ou a inundação da Arena da Baixada.
A verdade é que nossos prefeitos precisam acordar para as demandas técnicas de cidades que crescem sem parar. Está na hora de mais Engenharia e menos perfumaria.
Cascaes
7.1.2011
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A drenagem de águas pluviais
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
A Internet e a pessoa com alguma deficiência
Para milhões de brasileiros a melhor notícia deste ano poderá ser a nomeação do Ministro Paulo Bernardo para o Ministério das Comunicações e sua manifestação a favor da universalização do acesso à internet via Telebrás.
Ensino a Distância - EAD - (Cascaes), comunicação com mestres e escolas via internet, a possibilidade de pesquisa e visão de museus virtuais, filmes, até a utilização de laboratórios virtuais e jogos educativos é um conjunto de coisas que muitos precisam para estudar ou complementar aulas nem sempre suficientes.
Via WEB pessoas com deficiência sensorial, intelectual e/ou física poderão dispensar deslocamentos eventualmente insuficientes à participação em salas de aula talvez acessíveis com professores que precisam se ocupar do conjunto de alunos, dificilmente dispostos a conviver com crianças, jovens ou adultos carentes de maior atenção.
A inclusão, além disso, pode ser impossível.
É um pesadelo, que passa despercebido à maioria das pessoas, para o surdo, por exemplo, que muitos acham que próteses (caríssimas) são suficientes. Discretamente, em laptops ou em casa o estudante poderá usar recursos de reforço ou de aprendizado ajustados às suas dificuldades sem maiores constrangimentos.
O EAD já é um instrumento de acesso a quem precisa trabalhar e não pode frequentar aulas regulares. Melhor ainda quando aplicado “off line”, sem salas virtuais. Melhorando a velocidade da internet o aluno simplesmente poderá “baixar” a última aula e interagir com os professores como for melhor.
A internet já é uma ferramenta fantástica para quem mora em grandes cidades e tem dinheiro. Precisa, contudo, tornar-se acessível a todos os brasileiros, principalmente para atividades essenciais, destacando-se o aprendizado. Muito mais é possível, contudo, só dependendo do interesse de grupos empresariais e do próprio governo.
Precisamos para aceleração disso tudo de polos de pesquisa e desenvolvimento a favor da pessoa com deficiência, de ambientes de educação e irradiação de meios de educação. Aí a nossa esperança maior, pois a Senadora Gleisi Hoffmann (Cascaes, Observando o trabalho da Senadora Gleisi Hoffmann) tem manifestado interesse nesse projeto (Cascaes, Universidade para os surdos do Brasil) que se reforça com a posição do Ministro Paulo Bernardo.
Tivemos um período em que estatutos (idoso, PcD, criança) foram feitos a partir de leis específicas. Agora chegamos a outro estágio, quando ganhamos a esperança de investimentos pesados a favor de todos nessa área que contém dezenas de milhões de brasileiros.
Em telecomunicações é fundamental reforçar ações políticas e técnicas a favor da multiplicidade de recursos de comunicação, entre eles a utilização da LIBRAS e a colocação de legendas em filmes, que deixam de ser vistos porque simplesmente perdemos acuidade auditiva ou não a possuímos.
O Brasil é uma nação relativamente jovem, o que faz com que muitas situações sejam ignoradas, em especial a do idoso e da pessoa com deficiência. É fácil perceber isso no desprezo pelo pedestre a na mídia do automóvel, onde simplesmente nada é feito para neutralizar excessos e omissões dolorosas.
Governos podem evoluir ou regredir. Nossa esperança é muito grande diante de alguns eleitos ou nomeados para cargos importantes. Precisamos de acessibilidade e segurança, educação e ampliação de recursos a favor de todos que queiram aprender, andar, usar o transporte coletivo, integrar-se a uma sociedade ainda tremendamente restritiva.
O ministro Paulo Bernardo pode muito e nossa senadora já se manifestou diversas vezes a favor de quem precisa de algo mais do que simples ruas asfaltadas. A esperança é grande.
Cascaes
5.1.2011
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Ensino a Distância Inteligente: http://eadinteligente.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Observando o trabalho da Senadora Gleisi Hoffmann: http://observando-a-gleisi-hoffmann.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Universidade para os surdos do Brasil: http://universidadeparaossurdos.blogspot.com/
Ensino a Distância - EAD - (Cascaes), comunicação com mestres e escolas via internet, a possibilidade de pesquisa e visão de museus virtuais, filmes, até a utilização de laboratórios virtuais e jogos educativos é um conjunto de coisas que muitos precisam para estudar ou complementar aulas nem sempre suficientes.
Via WEB pessoas com deficiência sensorial, intelectual e/ou física poderão dispensar deslocamentos eventualmente insuficientes à participação em salas de aula talvez acessíveis com professores que precisam se ocupar do conjunto de alunos, dificilmente dispostos a conviver com crianças, jovens ou adultos carentes de maior atenção.
A inclusão, além disso, pode ser impossível.
É um pesadelo, que passa despercebido à maioria das pessoas, para o surdo, por exemplo, que muitos acham que próteses (caríssimas) são suficientes. Discretamente, em laptops ou em casa o estudante poderá usar recursos de reforço ou de aprendizado ajustados às suas dificuldades sem maiores constrangimentos.
O EAD já é um instrumento de acesso a quem precisa trabalhar e não pode frequentar aulas regulares. Melhor ainda quando aplicado “off line”, sem salas virtuais. Melhorando a velocidade da internet o aluno simplesmente poderá “baixar” a última aula e interagir com os professores como for melhor.
A internet já é uma ferramenta fantástica para quem mora em grandes cidades e tem dinheiro. Precisa, contudo, tornar-se acessível a todos os brasileiros, principalmente para atividades essenciais, destacando-se o aprendizado. Muito mais é possível, contudo, só dependendo do interesse de grupos empresariais e do próprio governo.
Precisamos para aceleração disso tudo de polos de pesquisa e desenvolvimento a favor da pessoa com deficiência, de ambientes de educação e irradiação de meios de educação. Aí a nossa esperança maior, pois a Senadora Gleisi Hoffmann (Cascaes, Observando o trabalho da Senadora Gleisi Hoffmann) tem manifestado interesse nesse projeto (Cascaes, Universidade para os surdos do Brasil) que se reforça com a posição do Ministro Paulo Bernardo.
Tivemos um período em que estatutos (idoso, PcD, criança) foram feitos a partir de leis específicas. Agora chegamos a outro estágio, quando ganhamos a esperança de investimentos pesados a favor de todos nessa área que contém dezenas de milhões de brasileiros.
Em telecomunicações é fundamental reforçar ações políticas e técnicas a favor da multiplicidade de recursos de comunicação, entre eles a utilização da LIBRAS e a colocação de legendas em filmes, que deixam de ser vistos porque simplesmente perdemos acuidade auditiva ou não a possuímos.
O Brasil é uma nação relativamente jovem, o que faz com que muitas situações sejam ignoradas, em especial a do idoso e da pessoa com deficiência. É fácil perceber isso no desprezo pelo pedestre a na mídia do automóvel, onde simplesmente nada é feito para neutralizar excessos e omissões dolorosas.
Governos podem evoluir ou regredir. Nossa esperança é muito grande diante de alguns eleitos ou nomeados para cargos importantes. Precisamos de acessibilidade e segurança, educação e ampliação de recursos a favor de todos que queiram aprender, andar, usar o transporte coletivo, integrar-se a uma sociedade ainda tremendamente restritiva.
O ministro Paulo Bernardo pode muito e nossa senadora já se manifestou diversas vezes a favor de quem precisa de algo mais do que simples ruas asfaltadas. A esperança é grande.
Cascaes
5.1.2011
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Ensino a Distância Inteligente: http://eadinteligente.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Observando o trabalho da Senadora Gleisi Hoffmann: http://observando-a-gleisi-hoffmann.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 5 de 1 de 2011, disponível em Universidade para os surdos do Brasil: http://universidadeparaossurdos.blogspot.com/
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A Internet e a pessoa com alguma deficiência
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Projetos e concorrências
O Brasil está saboreando o sucesso de décadas de tremendos esforços para superar o pesadelo da inadimplência, que se armou na década de setenta e explodiu nos anos oitenta do século passado. Em 1977, por exemplo, participando de uma missão técnica na Europa, ouvimos de um alto executivo de uma multinacional que não tinham interesse em vender para o Brasil, que na opinião deles estava quebrado.
Os excessos foram tantos que o país se desmoronou feito um castelo de areia diante de imprevistos previsíveis...
Erra-se superdimensionando como deixando de fazer o que é necessário.
Felizmente estamos superando os radicalismos ambientalistas e avançando com projetos essenciais, simplesmente inevitáveis, ao desenvolvimento de nosso povo. Não podemos parar. Se alguém duvida do mal que certas exigências descabidas criaram é só ver o saldo de mortos em acidentes nas estradas brasileiras nesse início de ano. É assustador.
Precisamos de tudo, aí reside o perigo.
Nossa legislação falhou fragorosamente na intenção de se evitar fraudes. Bandido entende de lei e, se as leis são mal feitas, a festa é completa. Com urgência absoluta o Governo Federal e, sucessivamente, os demais deveriam analisar e corrigir erros mais do que evidentes na lógica das concorrências, garantindo-se resultados melhores, pelo menos, do que sentimos acontecer.
Nem sempre o mais barato é razoável, ou melhor, dificilmente será. Boa técnica tem preço e não é fácil avaliá-la, mas necessário. Podemos até perguntar, como os países com melhor desempenho moral conseguem bons resultados?
Precisamos exigir qualidade e pagar custos necessários e suficientes.
Um exemplo assustador é constatar a péssima qualidade de alguns serviços sob concessão. O que faltou?
Quando o Brasil partiu para a privatização foram criadas as agências reguladoras, códigos e estatutos para no conjunto garantir ao cidadão segurança, respeito, seriedade. Sem maiores dificuldades constatamos o contrário, após tantos anos.
Ou seja, a qualidade dos serviços essenciais transcende o fato de serem estatizados ou privatizados.
Não é difícil entender o porquê. Uma concessão pode ser vendida, simplesmente? Que tipo de análise deve ser feita ao se mudar de controlador? As multas são realmente inibidoras? Os executivos dessas empresas podem ser enquadrados criminalmente quando “suas” empresas falham hediondamente?
É pouco provável que o Congresso Nacional faça discussões profundas e competentes da legislação existente. Temos, contudo, OAB, IAB, CREA, CGU, MPs etc., que tal se criar um fórum nacional para análise e discussão da Lei 8.666/93 e outros dispositivos legais para regulamentação de concessões, assim como de fiscalização e julgamento de crimes contra o consumidor?
Esse início de 2011 é tempo de se fazer promessas de bom comportamento. Todos nós deveríamos assumir o compromisso de, objetivamente, trabalhar pelo aprimoramento da democracia no Brasil. É muito desagradável sentirmo-nos mal enquadrados em indicadores de honestidade e qualidade de serviços essenciais.
Cascaes
4.1.2011
Os excessos foram tantos que o país se desmoronou feito um castelo de areia diante de imprevistos previsíveis...
Erra-se superdimensionando como deixando de fazer o que é necessário.
Felizmente estamos superando os radicalismos ambientalistas e avançando com projetos essenciais, simplesmente inevitáveis, ao desenvolvimento de nosso povo. Não podemos parar. Se alguém duvida do mal que certas exigências descabidas criaram é só ver o saldo de mortos em acidentes nas estradas brasileiras nesse início de ano. É assustador.
Precisamos de tudo, aí reside o perigo.
Nossa legislação falhou fragorosamente na intenção de se evitar fraudes. Bandido entende de lei e, se as leis são mal feitas, a festa é completa. Com urgência absoluta o Governo Federal e, sucessivamente, os demais deveriam analisar e corrigir erros mais do que evidentes na lógica das concorrências, garantindo-se resultados melhores, pelo menos, do que sentimos acontecer.
Nem sempre o mais barato é razoável, ou melhor, dificilmente será. Boa técnica tem preço e não é fácil avaliá-la, mas necessário. Podemos até perguntar, como os países com melhor desempenho moral conseguem bons resultados?
Precisamos exigir qualidade e pagar custos necessários e suficientes.
Um exemplo assustador é constatar a péssima qualidade de alguns serviços sob concessão. O que faltou?
Quando o Brasil partiu para a privatização foram criadas as agências reguladoras, códigos e estatutos para no conjunto garantir ao cidadão segurança, respeito, seriedade. Sem maiores dificuldades constatamos o contrário, após tantos anos.
Ou seja, a qualidade dos serviços essenciais transcende o fato de serem estatizados ou privatizados.
Não é difícil entender o porquê. Uma concessão pode ser vendida, simplesmente? Que tipo de análise deve ser feita ao se mudar de controlador? As multas são realmente inibidoras? Os executivos dessas empresas podem ser enquadrados criminalmente quando “suas” empresas falham hediondamente?
É pouco provável que o Congresso Nacional faça discussões profundas e competentes da legislação existente. Temos, contudo, OAB, IAB, CREA, CGU, MPs etc., que tal se criar um fórum nacional para análise e discussão da Lei 8.666/93 e outros dispositivos legais para regulamentação de concessões, assim como de fiscalização e julgamento de crimes contra o consumidor?
Esse início de 2011 é tempo de se fazer promessas de bom comportamento. Todos nós deveríamos assumir o compromisso de, objetivamente, trabalhar pelo aprimoramento da democracia no Brasil. É muito desagradável sentirmo-nos mal enquadrados em indicadores de honestidade e qualidade de serviços essenciais.
Cascaes
4.1.2011
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Férias caras
Início de ano é uma oportunidade de passar um tempo com amigos e a família, tempo de praias, passeios pelo interior, viagens a lugares de descanso etc. Isso significa a necessidade de gastar economias e/ou fazer dívidas. Felizmente é um dinheiro que, de modo geral, traz alegrias, deixa-nos felizes. Afinal, podem tirar tudo da gente, exceto momentos de alegrias, de prazeres inesquecíveis.
Podemos até perguntar, qual a idade que temos? Uma resposta possível é somar os dias e noites que não esquecemos (nem sempre agradáveis) e dividir o resultado por 365, teremos aí a quantidade de anos realmente vivida.
No mundo político e econômico, contudo, podemos estar gastando mal, perdendo dinheiro.
Com todos os caprichos legislativos não temos, por exemplo, nada determinando prazos mínimos razoáveis entre a publicação de um edital e a abertura de propostas. O que isso significa? Poderemos estar viabilizando acordos e contornos legais a concorrências extremamente importantes. Infelizmente existe um mundo de oportunidades entre o respeito ao formalismo de nossas leis e a intenção do legislador de criar um Brasil responsável, sério.
Um espaço importantíssimo e carente de boal regulamentação é o dedicado aos serviços mais importantes, por isso considerado “serviços essenciais". Concessões de serviços essenciais são direitos extremamente importantes para qualquer comunidade. O custo e a qualidade desses contratos devem ser otimizados, discutidos e acompanhados com rigor. Ou seja, exigem análises meticulosas.
Temos as férias, nesse período isso é possível?
Audiências públicas deveriam ser proibidas em tempos de descanso, de ausência da estrutura completa do Poder Judiciário e da presença de representantes reais da população atingida. Os prazos para anúncio desses eventos deveriam ser objeto de regulamentação federal impondo tempos necessários e realistas para avisos efetivos e a discussão pública. Considerando que nosso povo nem sempre sabe o que isso significa, seria importante a publicação prévia de editais em elaboração e explicações a qualquer cidadão do que significa tudo isso.
Editais e contratos, por sua vez, exigem publicidade máxima, tempos de avaliação de entidades especialistas e motivação de empreendedores possíveis. A qualidade técnica desses documentos é extremamente importante, não podem ser desprezados.
A participação popular é fundamental, ainda mais porque o povo pagará a conta.
Ganhamos novos senadores e deputados assim como a renovação do Governo aconteceu, ainda que parcialmente, nesse final de 2010 e início de 2011. Sabemos o que está errado. Temos convicção de que precisamos de um Brasil eficaz, justo e responsável. Poucas correções poderão fazer tanta diferença quanto a otimização do quadro legal dos serviços essenciais.
Ganhamos facilidades colossais que nos permitiram eleger nossos legisladores e governantes usando urnas eletrônicas e saber do resultado em poucas horas. A internet viabiliza soluções geniais. Prazos, contudo, são fundamentais para a democratização da discussão técnica, jurídica e do próprio mérito dos projetos e serviços, assim como da esperança de não estarmos pagando nada além do que for justo e suficiente.
Nesse cenário pedimos, encarecemos, sugerimos, imploramos aos novos congressistas: corrijam a legislação em torno das concorrências públicas para serviços essenciais.
Estamos pagando caro demais pelas distrações das férias...
Cascaes
3.1.2011
Podemos até perguntar, qual a idade que temos? Uma resposta possível é somar os dias e noites que não esquecemos (nem sempre agradáveis) e dividir o resultado por 365, teremos aí a quantidade de anos realmente vivida.
No mundo político e econômico, contudo, podemos estar gastando mal, perdendo dinheiro.
Com todos os caprichos legislativos não temos, por exemplo, nada determinando prazos mínimos razoáveis entre a publicação de um edital e a abertura de propostas. O que isso significa? Poderemos estar viabilizando acordos e contornos legais a concorrências extremamente importantes. Infelizmente existe um mundo de oportunidades entre o respeito ao formalismo de nossas leis e a intenção do legislador de criar um Brasil responsável, sério.
Um espaço importantíssimo e carente de boal regulamentação é o dedicado aos serviços mais importantes, por isso considerado “serviços essenciais". Concessões de serviços essenciais são direitos extremamente importantes para qualquer comunidade. O custo e a qualidade desses contratos devem ser otimizados, discutidos e acompanhados com rigor. Ou seja, exigem análises meticulosas.
Temos as férias, nesse período isso é possível?
Audiências públicas deveriam ser proibidas em tempos de descanso, de ausência da estrutura completa do Poder Judiciário e da presença de representantes reais da população atingida. Os prazos para anúncio desses eventos deveriam ser objeto de regulamentação federal impondo tempos necessários e realistas para avisos efetivos e a discussão pública. Considerando que nosso povo nem sempre sabe o que isso significa, seria importante a publicação prévia de editais em elaboração e explicações a qualquer cidadão do que significa tudo isso.
Editais e contratos, por sua vez, exigem publicidade máxima, tempos de avaliação de entidades especialistas e motivação de empreendedores possíveis. A qualidade técnica desses documentos é extremamente importante, não podem ser desprezados.
A participação popular é fundamental, ainda mais porque o povo pagará a conta.
Ganhamos novos senadores e deputados assim como a renovação do Governo aconteceu, ainda que parcialmente, nesse final de 2010 e início de 2011. Sabemos o que está errado. Temos convicção de que precisamos de um Brasil eficaz, justo e responsável. Poucas correções poderão fazer tanta diferença quanto a otimização do quadro legal dos serviços essenciais.
Ganhamos facilidades colossais que nos permitiram eleger nossos legisladores e governantes usando urnas eletrônicas e saber do resultado em poucas horas. A internet viabiliza soluções geniais. Prazos, contudo, são fundamentais para a democratização da discussão técnica, jurídica e do próprio mérito dos projetos e serviços, assim como da esperança de não estarmos pagando nada além do que for justo e suficiente.
Nesse cenário pedimos, encarecemos, sugerimos, imploramos aos novos congressistas: corrijam a legislação em torno das concorrências públicas para serviços essenciais.
Estamos pagando caro demais pelas distrações das férias...
Cascaes
3.1.2011
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Férias caras
Tempos diferentes
Mudanças de governo representam alterações eventualmente significativas de estilo e prioridades. Sob democracia o povo exerce esse direito, ainda que sob imensas limitações quando tudo gira em torno de dinheiro e comandos excessivamente fortes dentro dos partidos políticos. Independentemente do mérito, evoluímos muito em relação a outros sistemas passados de escolha do Presidente da República.
No comando do Brasil, a economista Dilma Roussef poderá mostrar melhor a sua personalidade. Afinal, qual será o estilo?
De tudo o que pudemos observar ela é uma pessoa enérgica, e precisamos muito dessa qualidade num momento em que o mundo parece mergulhar em situações extremamente delicadas. Manter o Brasil numa linha de sobriedade e desenvolvimento será difícil, mais ainda com as pressões que sofrerá. Sua formação profissional mais a experiência no período Lula terão valor inestimável.
A política existe e nosso desafio é aceitá-la, ou melhor, acreditar que seus defeitos são o preço da liberdade.
Com certeza não foi nada agradável ver que lideranças partidárias possam ter sido prejudiciais ao bom governo que o Brasil precisa. Felizmente temos ainda facilidades para acompanhar o trabalho dessa gente, eventualmente, se necessário, recorrendo ao Poder Judiciário se evidências de corrupção acontecerem. A incompetência até confessada por um ministro, pelo menos, assusta.
A Presidência da República dispõe de instrumentos para a vigilância mais do que justa e necessária nesse país gigantesco. A liberdade de imprensa assim como os meios de comunicação atuais viabilizam controles difusos importantíssimos. Isso tudo junto permite-nos acreditar na evolução de um país que não pode ter gente acima da Lei.
De qualquer forma temos esperanças de evolução, de progresso. Afinal grandes hidroelétricas, refinarias, portos e até ferrovias deverão entrar em operação nos próximos quatro anos e o petróleo não é mais o fantasma de algumas décadas passadas. A agroindústria evolui sem parar e nossa indústria em geral poderá ganhar força com alguns ajustes importantíssimos.
Prometeu-se um Estado eficaz. O que é necessário não é segredo para ninguém. O Brasil transformou-se num imenso inferno fiscal, burocrático e institucional em que o empreendedor sobrevive se tiver extrema competência e determinação. Incrivelmente ainda existem pessoas capazes de resistir a tudo o que se criou nesses tempos “modernos”.
Maravilhosamente, contudo, estamos bem no cenário internacional, exceto em alguns indicadores sociais. Não precisamos apelar para lógicas absurdas nem entrar em clima de desespero monetário como aconteceu inúmeras vezes no passado. Só devemos ter cautela, usar bem cada centavo arrecadado.
O Mundo de hoje é completamente diferente daquele que parecia existir a poucos anos. Com certeza se refizermos, de forma honesta, avaliações de retorno financeiro de alguns projetos, eles perderão o charme econômico anunciado para justificar decisões absurdas, como, por exemplo, a renúncia à prudência urbanística e fiscal diante das exigências dessa mega-empresa denominada FIFA.
Não devemos pré-julgar, vamos ver e após quatro anos votar mais uma vez para a escolha do futuro Governo. Assim é a Democracia.
Cascaes
2.1.2011
No comando do Brasil, a economista Dilma Roussef poderá mostrar melhor a sua personalidade. Afinal, qual será o estilo?
De tudo o que pudemos observar ela é uma pessoa enérgica, e precisamos muito dessa qualidade num momento em que o mundo parece mergulhar em situações extremamente delicadas. Manter o Brasil numa linha de sobriedade e desenvolvimento será difícil, mais ainda com as pressões que sofrerá. Sua formação profissional mais a experiência no período Lula terão valor inestimável.
A política existe e nosso desafio é aceitá-la, ou melhor, acreditar que seus defeitos são o preço da liberdade.
Com certeza não foi nada agradável ver que lideranças partidárias possam ter sido prejudiciais ao bom governo que o Brasil precisa. Felizmente temos ainda facilidades para acompanhar o trabalho dessa gente, eventualmente, se necessário, recorrendo ao Poder Judiciário se evidências de corrupção acontecerem. A incompetência até confessada por um ministro, pelo menos, assusta.
A Presidência da República dispõe de instrumentos para a vigilância mais do que justa e necessária nesse país gigantesco. A liberdade de imprensa assim como os meios de comunicação atuais viabilizam controles difusos importantíssimos. Isso tudo junto permite-nos acreditar na evolução de um país que não pode ter gente acima da Lei.
De qualquer forma temos esperanças de evolução, de progresso. Afinal grandes hidroelétricas, refinarias, portos e até ferrovias deverão entrar em operação nos próximos quatro anos e o petróleo não é mais o fantasma de algumas décadas passadas. A agroindústria evolui sem parar e nossa indústria em geral poderá ganhar força com alguns ajustes importantíssimos.
Prometeu-se um Estado eficaz. O que é necessário não é segredo para ninguém. O Brasil transformou-se num imenso inferno fiscal, burocrático e institucional em que o empreendedor sobrevive se tiver extrema competência e determinação. Incrivelmente ainda existem pessoas capazes de resistir a tudo o que se criou nesses tempos “modernos”.
Maravilhosamente, contudo, estamos bem no cenário internacional, exceto em alguns indicadores sociais. Não precisamos apelar para lógicas absurdas nem entrar em clima de desespero monetário como aconteceu inúmeras vezes no passado. Só devemos ter cautela, usar bem cada centavo arrecadado.
O Mundo de hoje é completamente diferente daquele que parecia existir a poucos anos. Com certeza se refizermos, de forma honesta, avaliações de retorno financeiro de alguns projetos, eles perderão o charme econômico anunciado para justificar decisões absurdas, como, por exemplo, a renúncia à prudência urbanística e fiscal diante das exigências dessa mega-empresa denominada FIFA.
Não devemos pré-julgar, vamos ver e após quatro anos votar mais uma vez para a escolha do futuro Governo. Assim é a Democracia.
Cascaes
2.1.2011
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Tempos diferentes
Vigilância cívica e novos governos
Vemos explicitamente, sem qualquer pudor, o jogo indecente da Política. Grupos que se dizem “aliados” do governo querem, acima de tudo, manter privilégios.
Não passa pela cabeça desses senhores do voto (conquistado, comprado, servil etc.) a necessidade de se ter os melhores ministros, presidentes de estatais, bons gerentes nas repartições públicas. Ainda que improvisando, o fundamental é arranjar colocações para “companheiros” e agradar patrocinadores de campanhas...
Felizmente o Governo Lula, apesar de alguns “companheiros”, fez um governo eficaz. Temos projetos importantíssimos em execução e se alguns não saíram do papel foi graças ao labirinto kafkiano que se construiu a partir da Constituição Federal de 1988. Felizmente o Presidente também teve sorte e assim escapamos por muito pouco de crises que poderiam ter abalado nossas melhores instituições e a imagem do Governo que termina.
Se a sorte ajudou, agora é hora de se ter cuidados maiores. A situação mundial não é favorável. O jogo internacional tende a endurecer e o clima de “salve-se quem puder” é visível na xenofobia, no racismo e outras coisas similares nesses períodos de crise.
Ou seja, insistindo, precisamos usar bem o dinheiro do contribuinte e zelar pela saúde de nosso povo.
Dilma Roussef tem uma biografia que não deixa dúvidas. É valente e determinada. Esperamos que tenha como principal meta manter o Brasil rumo a seu futuro, cantado e aguardado há séculos por aqueles que sonham com um Brasil respeitado, forte e com seu povo vivendo melhor.
Precisamos de investimentos em tudo. Esse período que só está começando mostra violentamente a falta de estradas, ferrovias e bons aeroportos. Endemias estão por aí esperando a hora da festa. A violência e a miséria estão apavorando nosso povo e são pura consequência de utopias e omissões trágicas. Isso e a eterna preocupação com a Educação formam um conjunto de diretrizes que precisam ser prioridades reais de nossos governos, em todos os níveis.
Infelizmente o Poder Legislativo deu o pior exemplo possível nesse final de 2010. Os pacotaços salariais até dão a impressão de um esforço inaudito de inviabilização do próximo governo e deboche puro contra os aposentados, as pessoas dependentes do SUS, gente que se contenta com apartamentos ou casinhas minúsculas que deverão pagar durante décadas, a necessidade de correções das cidades mal feitas, a importância de tudo que sucumbiu aos piores instintos dos nossos legisladores.
O Governo Federal pode muito, mais ainda quando vence eleições com o apoio de um presidente popular. Está na hora de usar esse prestígio para uma boa administração do Brasil.
Somos patriotas? Amamos nosso povo?
Queremos construir um país forte, saudável, produtivo, culto e eficaz?
Está na hora de batermos menos no peito e mais na forja que constrói bons aços. Os brasileiros merecem um bom governo, ou melhor, precisam desesperadamente de uma boa administração.
Cascaes
31.12.2010
Felicidades, sucesso, muita saúde e alegrias a todos os brasileiros amantes dessa terra e de seu povo.
Não passa pela cabeça desses senhores do voto (conquistado, comprado, servil etc.) a necessidade de se ter os melhores ministros, presidentes de estatais, bons gerentes nas repartições públicas. Ainda que improvisando, o fundamental é arranjar colocações para “companheiros” e agradar patrocinadores de campanhas...
Felizmente o Governo Lula, apesar de alguns “companheiros”, fez um governo eficaz. Temos projetos importantíssimos em execução e se alguns não saíram do papel foi graças ao labirinto kafkiano que se construiu a partir da Constituição Federal de 1988. Felizmente o Presidente também teve sorte e assim escapamos por muito pouco de crises que poderiam ter abalado nossas melhores instituições e a imagem do Governo que termina.
Se a sorte ajudou, agora é hora de se ter cuidados maiores. A situação mundial não é favorável. O jogo internacional tende a endurecer e o clima de “salve-se quem puder” é visível na xenofobia, no racismo e outras coisas similares nesses períodos de crise.
Ou seja, insistindo, precisamos usar bem o dinheiro do contribuinte e zelar pela saúde de nosso povo.
Dilma Roussef tem uma biografia que não deixa dúvidas. É valente e determinada. Esperamos que tenha como principal meta manter o Brasil rumo a seu futuro, cantado e aguardado há séculos por aqueles que sonham com um Brasil respeitado, forte e com seu povo vivendo melhor.
Precisamos de investimentos em tudo. Esse período que só está começando mostra violentamente a falta de estradas, ferrovias e bons aeroportos. Endemias estão por aí esperando a hora da festa. A violência e a miséria estão apavorando nosso povo e são pura consequência de utopias e omissões trágicas. Isso e a eterna preocupação com a Educação formam um conjunto de diretrizes que precisam ser prioridades reais de nossos governos, em todos os níveis.
Infelizmente o Poder Legislativo deu o pior exemplo possível nesse final de 2010. Os pacotaços salariais até dão a impressão de um esforço inaudito de inviabilização do próximo governo e deboche puro contra os aposentados, as pessoas dependentes do SUS, gente que se contenta com apartamentos ou casinhas minúsculas que deverão pagar durante décadas, a necessidade de correções das cidades mal feitas, a importância de tudo que sucumbiu aos piores instintos dos nossos legisladores.
O Governo Federal pode muito, mais ainda quando vence eleições com o apoio de um presidente popular. Está na hora de usar esse prestígio para uma boa administração do Brasil.
Somos patriotas? Amamos nosso povo?
Queremos construir um país forte, saudável, produtivo, culto e eficaz?
Está na hora de batermos menos no peito e mais na forja que constrói bons aços. Os brasileiros merecem um bom governo, ou melhor, precisam desesperadamente de uma boa administração.
Cascaes
31.12.2010
Felicidades, sucesso, muita saúde e alegrias a todos os brasileiros amantes dessa terra e de seu povo.
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Vigilância cívica e novos governos
A evolução de um líder
Na política temos o espelho público do que é um ser humano. Alguns evoluem e chegam a padrões de sabedoria invejáveis, outros, infelizmente, reforçam taras e atingem a terceira idade sem as qualidades melhores e possíveis nessa fase da vida.
Luiz Inácio Lula da Silva é um Presidente cuja popularidade ao final de dois mandatos mostra eloquentemente que soube atender seu povo. Melhor ainda, revela opiniões e declara conselhos importantes.
O prazer da oposição é dizer que o PAC não se completou, faltou muita coisa.
Sim, e por quê? Nossa legislação é mal feita e o ritual jurídico viabiliza situações absurdas. Algumas leis mostram resultados ridículos. A Lei 8.666/93 não acabou com a corrupção e as leis ambientais servem, acima de tudo, para pessoas de mal com a vida travarem obras extremamente importantes para os brasileiros. Quantos já morreram ou perderão a vida, ganharão deficiências ou perderão tudo o que tem porque projetos importantíssimos foram paralisados?
Obviamente devemos defender a sobrevivência das pererecas, dos sapos, dos periquitos e papagaios assim como proteger, na medida do possível, qualquer tribo ou população de bairros de nossas cidades. O interesse da nação, contudo, é soberano e ela deve, isso sim, compensar prejuízos e não simplesmente parar tudo. Pior ainda é descobrirmos que paramos até por objetos cerâmicos que existem pelo Brasil inteiro, os fazendeiros que o digam.
O desafio dos próximos governantes é enorme. Simplesmente estamos com estradas saturadas, portos deficientes, instalações mal feitas, carência de escolas, hospitais etc.
Falando de hospitais, diante da legislação trabalhista, qual é o louco que se dispõe a fazer e manter hospitais?
A nossa Constituição Federal, prolixa e detalhista demais, é um pesadelo. Outra Constituição é um processo perigoso demais. Que tal começar a sistematicamente excluir artigos dessa bíblia federal mal feita?
É absolutamente urgente simplificar nosso país racionalizando sua legislação.
Talvez devamos criar o equivalente a um Prêmio Nobel da Racionalidade. Algo que possamos destacar e honrar os melhores governos e legisladores. Uma vez por ano teríamos eventos nacionais, estaduais, e municipais homenageando os mais competentes, aqueles que realmente trabalharam para proporcionar ao Brasil um futuro eficaz, concreto e real.
É fácil falar de poesias em torno de coisas bonitas, é muito difícil conciliar tudo com o que precisamos para construir um país seguro, saudável e forte para nossos descendentes.
Nesse final de ano precisamos ouvir atentamente os discursos do Lula que aprendeu a ser presidente. Infelizmente demorou muito a se livrar de alguns radicais. Felizmente mostra, com o orgulho do lançamento de pedras fundamentais e visitando obras que avançam aos trancos e barrancos, que aprendeu, tornou-se um cidadão sábio e competente.
Se alguém duvida, que vejam o volume de obras e a preocupação de distribuí-las entre diversas regiões do Brasil. Uma boa lição para os governadores da Região Sul, onde, em algum(s?) estado(s), paramos ou até regredimos. Creio que não é necessário dizer onde deixamos de fazer estradas, portos, aeroportos, hospitais etc...
Se pairar dúvidas é só, entre muito do deveria ter sido feito, usar a BR 376 nesse período de férias, que pesadelo!
Cascaes
301.12.2010
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02:32:00
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