Educar é a suprema responsabilidade que todos carregam quando podem influenciar a vida de alguém. Temos, contudo, deficiências que precisam ser corrigidas. Evidentemente pode-se muito, para o bem e para o mal. Diante de cenários ruins o maior desafio é ensinar e convencer aqueles pelos quais somos responsáveis a serem eficazes para eles e para as comunidades que frequentarem. Poucos estão preparados para tudo e assim é importante descobrir formas de compensação das nossas próprias deficiências.
Principalmente via internet e em círculos eventuais de conversa é comum ouvir alguém falar mal da juventude. Os adjetivos não são bons, alguns impublicáveis. O mais estranho é até descobrir que muitos professores e professoras não se consideram corresponsáveis pela educação dos seus alunos. Dá até para propor a mudança de denominação do Ministério da Educação para Ministério do Ensino e sucessivamente corrigir os nomes das secretarias.
Educar é algo sério que ao longo dos tempos recentes deixou de ser motivo de atenção inclusive dos principais atores, a família. As facilidades do lazer e de satisfações materiais proporcionados pela variedade incrível de brinquedos, jogos e outras diversões deram à família opções a antigas vigilâncias, que também não eram tão valorosas como os mais velhos gostam de apregoar.
Viver em grandes cidades é uma novidade para a grande maioria das pessoas se compararmos cenários de algumas décadas passadas. As drogas vieram com tudo, até pelas bondades políticas de governos que não se interessam em criar uma legislação continental para combate ao tráfico de drogas. Afinal frequentemente o próprio governo é uma droga...
Precisamos, contudo, retomar com força a disposição para mudanças positivas.
Qualquer ser humano ao nascer é equivalente a uma folha de papel em branco. Qual seja a qualidade deste papel, sobre ele pode-se escrever poesias, tratados científicos ou palavrões. O resultado final, o que será registrado e arquivado depende de pais, mestres, amigos, orientadores religiosos, profissionais e até esportivos. A dinâmica do comportamento pessoal vai sendo construída ao longo dos anos e o resultado de tudo isso é uma coleção de acidentes, incidentes e processos que extrapolam a vontade do indivíduo.
Escrever, organizar o raciocínio, pensar e materializar o que acreditamos ou podemos aceitar depende, pois, de motivação, de orientações e aulas formais e informais.
Uma estratégia de motivação ainda mal explorada e que pode ganhar corpo, se a mídia colaborar, é a promoção de concursos de redação (Cascaes). Prêmios simples ou mais caros poderiam ser ofertados aos vencedores, obviamente tudo dependendo da capacidade dos promotores, mas sempre apontando temas e lógicas positivas a favor do futuro da nossa garotada.
Encontramos concursos, algo extremamente louvável, até do Senado Federal (Lima, 2011). O desafio é motivar professores, principalmente, para aceitar e estimular seus alunos a participarem desses certames.
A fórmula existe e pode ser aprimorada. Os prêmios podem ser maiores e complementados por clubes de serviços e ONGs diversas, aproveitando resultados locais de concursos estaduais e nacionais. O ideal é que assim como o futebol fifense merece destaque (dá $$$), podemos e devemos criar instrumentos de valorização à boa educação, que, em última análise, se eficaz resultará em redução de custos em tratamentos de pessoas atingidas pelas drogas, lesionadas em acidentes de trabalho, no trânsito, em casa, inclusive, estimulando o respeito ao meio ambiente, à vida sadia, em cidadania, enfim. Cada concurso com temas diferentes ou semelhantes pode ajudar a educar.
Patrocinadores?
Nossas agências reguladoras e suas concessionárias, por exemplo, fariam muito se viabilizassem concursos como, sugerindo, “A eletricidade e os acidentes com pipas”, “O lixo que não é lixo”, “A água que não devemos desperdiçar” etc.
Assuntos e agentes não faltam, impostos pagamos muitos, o desafio é aproveitar parte disso para educar e corrigir defeitos comportamentais que cansamos de ouvir sem propostas de solução.
Nós podemos contribuir para grandes mudanças, ainda que juntando um pequeno tijolo nesse novo edifício em que nossos descendentes habitarão, trabalharão, existirão.
Os concursos de redação são importantes e devem ser usados exaustivamente.
Cascaes
31.8.2011
Cascaes, J. C. (s.d.). A importância dos concursos de redação. Fonte: Mirante da educação: http://mirante-da-educacao.blogspot.com/2011/08/importancia-dos-concursos-de-redacao.html
Lima, P. (26 de 08 de 2011). Concurso de redação do Senado tem participação de quase 20 mil escolas públicas . Fonte: Agência Senado: http://www.senado.gov.br/noticias/concurso-de-redacao-do-senado-tem-participacao-de-quase-20-mil-escolas-publicas.aspx
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