O crescimento da criminalidade em Curitiba é alarmante. Rara é a família que não tem pelo menos um caso de violência para contar. Nós, em nossa casa, já colecionamos alguns “eventos” lamentáveis.
O resultado do declínio de uma condição de vida, que era tranquila, assusta, mais ainda quando temos familiares e tantos amigos numa cidade que já foi referência de vida saudável.
O que nos intriga é como isso aconteceu, porque se deixou chegar a esse ponto. As deficiências são flagrantes.
Há dois ou três anos fomos convidados a organizar um CONSEG na região do Portão. Como é prudente fazer, visitamos diversas autoridades e procuramos entender o que isso significaria. Desistimos quando sentimos que até quem deveria cuidar de nós tinha medo. E o povo? Desarmado continua refém de qualquer tipo de agressão.
E que agressões. Neste final de semana o noticiário trouxe notícias assustadoras. O que levaria jovens a extremos tão absurdos? Andam armados? O policiamento preventivo existe?
O Governo do Estado promete reforços e mudanças, quantos serão mortos até chegarmos a um nível razoável?
Nossa legislação não prevê ações duras contra incompetentes. Estamos sentindo na carne a falha gerencial de um setor estratégico de qualquer cidade. Ou seja, parece que para aqueles que deveriam ter corrigido o pesadelo que se configurava (até nas palavras de responsáveis pelo assunto em Curitiba, mas subordinados a quem decidia o que precisavam) a vida do povo do Estado do Paraná não era importante.
Agora corremos atrás do prejuízo, caminhamos seguindo cortejos.
Estivemos em nome do Lions (O LIONS e a Campanha Paz sem Voz é Medo) visitando a direção do Grupo Paranaense de Comunicação. A campanha “Paz sem Voz é Medo” (GRPCOM) é mais do que oportuna, merecendo o apoio da sociedade organizada e de qualquer cidadão que sinta poder fazer algo a favor da segurança de nossa gente.
Vimos até em outdoors a precariedade do sistema carcerário (Falta cadeia) e os noticiários até se tornam rotineiros informando, dia a dia, o perigo de viver em Curitiba e sua RMC. Nas vilas em torno de Curitiba a população sobrevive assustada. Por quê?
Com certeza temos causas sociais e uma história que explica muito. Dos EUA encontramos no livro Freakonomics (Dubner & Levitt) um relato que pode se aplicar ao Brasil, assim como descobrimos, visitando um posto de saúde na Vila Audi, algo semelhante, ou melhor, o que significa a gravidez precoce e a deseducação (Como reduzir a gravidez precoce e a criminalidade).
Temos bons programas, com certeza o Programa Comunidade Escola (Mirante do Comunidade Escola) merece destaque. Neles vimos palestras para os pais extremamente bem feitas. Precisa, contudo, de recursos e ser ampliado. Merece ser um exemplo às escolas da rede pública e privada, pois o problema da violência e das drogas é geral, existe em todas as condições sociais.
Por tudo e na esperança de bons resultados é que aplaudimos a campanha do Grupo Paranaense de Comunicação, esperando amplo apoio da sociedade e suas lideranças.
Cascaes
24.8.2011
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante do Comunidade Escola: http://mirante-do-comunidade-escola.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Como reduzir a gravidez precoce e a criminalidade. Fonte: Projeto Sol Nascente na Vila Audi: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com/2009/12/como-reduzir-gravidez-precoce-e.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Falta cadeia. Fonte: Com democracia e honestidade: http://democraciaehonestidade.blogspot.com/2011/08/falta-cadeia.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O LIONS e a Campanha Paz sem Voz é Medo. Fonte: http://lions-e-a-campanha-paz-sem-voz.blogspot.com/
Dubner, S., & Levitt, S. (s.d.). Freakonomics : O Lado Oculto e Inesperado de Tudo que nos Afeta. Campus.
GRPCOM. (s.d.). Fonte: Paz sem Voz é Medo: http://www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/
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