quarta-feira, 24 de maio de 2017

Povo desiludido – futuro de um passado ruim


A realidade desabou sobre os brasileiros, eternamente crentes em milagres. Mais impostos, taxas, tarifas, cortes, privatizações, atrasos, doenças, desemprego, redução de salários, aposentadorias, mudanças de direitos e deveres do Estado etc., um inferno dantesco.
Improvisações e reformas tiradas do bolso do colete daqueles que tiveram oportunidade de evitar a tragédia de mais uma crise econômica assustam, caem com mídia cara nos noticiários, sem que os brasileiros já acreditem em seus representantes.
Muita coisa aconteceu desde que pessoas mais conscientes, principalmente no Poder Judiciário, com destaque para a Lava Jato, abriram os olhos dos habitantes dessa terra, alguns calados e aproveitando a ignorância generalizada;
Agências de risco, autoridades econômicas, jornalismo independente e lideranças desesperadas não tiveram alternativas a demolir esses ídolos e vacas sagradas, com pés de barro e tão verdadeiros quanto o carnaval cheio de alegorias, simples alegorias.
Operações da Polícia Federal, alguns GAECOS, Ministério Público Federal, Procuradoria Federal  e decisões do STF onde o saudoso ministro Teori Zavascki  foi destaque inesquecível mostraram com a Lava Jato como éramos literalmente roubados.
Agora vem a conta.
Nova CPMF nem pensar, já imaginaram obrigar todo mundo a pagar uma taxa de movimentação denunciadora?
Temos, entretanto, o aprimoramento dos processos de vigilância e assim ações super-dolosas aparecem. Podem ser também irregulares, desrespeitarem privilégios que são usados gostosamente palas boas bancas de advogados para defenderem clientes ricos. O povo? Cadeião, calabouços e o império dos traficantes.
Obviamente temos reações, algumas rotuladas de coisas de “black box”.  Hoje (24.5.2017) ministérios em Brasília foram invadidos com atos de vandalismo...
Apoiadores do Presidente Temer devem estar preocupados, vão enfrentar o povo mais vezes.
O barco ainda flutua apesar dos timoneiros e capitães. Esse transatlântico abusou da temeridade.

João Carlos Cascaes
Curitiba, 24 de junho de 2017







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