Filmes mal feitos
Tenho por hábito filmar seminários, cidades, fauna e flora
e... reuniões e eventos importantes do Lions Clube de Curitiba Batel. A qualidade do meu “trabalho” está piorando. Avançando
na idade (72 anos) e com um quadro clínico complicado dependo mais e mais de
terceiros e soluções compatíveis com minhas limitações. O que complica tudo,
entretanto, é o desprezo pelo consumidor idoso e as inúmeras facilidades de
empresas estrangeiras, principalmente. Com sede noutro planeta vendem porcarias
muito bem apoiadas pelo eterno marketing perverso.
Infelizmente perdi (ou furtaram) minha última filmadora e uma
série de outros objetos (até a carteira de identidade). Considerando tudo dá
para afirmar que a pessoa que encontrou minha bolsa ou aqueles que me driblaram
não tinham a intenção de devolver seu conteúdo.
Nessa terceira ou quarta idade posso ser um bom “estudo de
caso” para acadêmicos que precisem fazer seu TCC ou algo parecido.
Em 28 de março, contudo, fiquei tremendamente frustrado com
os filmes que fiz com uma filmadora nova, similar a uma GOPRO, marca SONY;
falha minha na compra via internet e o início de uma coleção de filmes ruins.
A opção pela Sony foi o efeito de experiências anteriores, e
agora? O que houve?
Na hora de registrar a compra o sistema não aceitou o número
da Nota Fiscal e o código da máquina, o que impediu o download do manual e
ajustes importantes, mais ainda depois da materialização da guerra comercial
entre gigantes americanos de software (é o que deduzi). A filmadora carece de
complementos importantes para seu manuseio pessoal sem drones (o que descobri
que é sua principal utilidade) ou acessórios importantes. O termo de garantia
vale nos EUA, como não viajarei para lá...
Meus amigos e amigas do LIONS devem ficar frustrados (ou
felizes) com o resultado, pois o que deveria ser um registro em alta resolução
mostrou-se sem detalhes importantes (mesmo com pouca iluminação, algo que a
máquina teria como resolver se eu soubesse copmo). Peço-lhes desculpas pelo que produzi.
A lição nesse episódio (e em outros) foi, mais uma vez,
descobrir como o consumidor brasileiro é desprotegido. Estatutos e repartições
públicas não são eficazes num país que desceu à escuridão da “esperteza”. Zé Carioca[i],
um personagem de Walt Disney, que, infelizmente, talvez reflita o comportamento
de muito mais gente espalhada pelo Brasil é um exemplo do pesadelo quando o
“esperto” simplesmente engana a gente.
Felizmente o Gigante Adormecido parece acordar com a Operação
Lava Jato, apesar dos esforços assustadores daqueles que mandam em nosso povo.
Precisamos de mais ações de pessoas tão brilhantes e
corajosas, que por milagre ainda estão vivas e atuando contra as quadrilhas
apresentadas diariamente (escândalos, “Operações”, prisões etc.). A severidade
é lamentavelmente necessária contra associações, corporações, profissionais e
empreendedores que se orgulham de assumirem riscos pessoais, mas, na realidade,
submetem os brasileiros a tremendos vexames e prejuízos como estamos sentindo
após o Mundo descobrir a dimensão da nossa falta de escrúpulos, algo mostrado
em prosa e versos tétricos na Operação Carne Fraca.
Voltando à minha filmadora, o instrumento de muitas
frustrações, senti o que é servir de palhaço e velho bobo...
Cascaes
29.3.2017
[i] Zé
Carioca, apelido (alcunha em Português de Portugal) do papagaio José
Carioca (nos Estados
Unidos, chamado de Joe Carioca ou Joseph Carioca),
é um personagem fictício no começo da década
de 1940 pelos estúdios Walt
Disney. Ele é retratado como o típico malandro carioca, sempre escapando dos problemas com o
"jeitinho" característico. Sua primeira aparição foi no filme Saludos Amigos, como amigo do Pato
Donald....
Zé Carioca foi criado pelo próprio Walt Disney dentro
do Hotel Copacabana Palace. Impressionado com a técnica
de J.
Carlos, cartunista que desenhava as versões brasileiras de personagens da
empresa na revista O Tico Tico, Disney o convidou para trabalhar em
Hollywood, mas o convite foi recusado por J. Carlos. Segundo alguns
jornalistas, Walt Disney criou e enviou o personagem José
Carioca para Carlos, dizendo esta ser uma homenagem ao cartunista.[1] Outros
especulam que o papagaio foi inspirado no sambista Paulo
da Portela,[2] outros
que foi inspirado no cavaquinista paulista, José do Patrocínio Oliveira, o Zezinho, que
inclusive dublou o personagem no filme Saludo Amigos.[3] Uso
do guarda-chuva pode ter vindo do Dr. Jacarandá, um
figura do folclore carioca da época.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Carioca WIKIPÉDIA em 29 de março de 2017.
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